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Alfredo Lopes é formado em Administração de Empresas e Engenharia Civil pela
Universidade Gama Filho, com pós-graduação em Engenharia Sanitária e de
Segurança do Trabalho, é diretor da Protel
Administração Hoteleira, empresa integrante do Grupo Santa Isabel, desde 1982.
Preside o Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Município do Rio de
Janeiro (HotéisRIO) e a Associação
Comercial e Industrial do Recreio e Vargens (ACIR). Entre outras frentes de atuação, preside o Conselho
Empresarial de Turismo da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), e é diretor da Associação das
Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi).
Foi presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio
de Janeiro (ABIH-RJ) em vários
mandatos e, hoje, está à frente do Conselho Deliberativo da associação.
Em um contexto de retomada
da economia e reaquecimento do setor hoteleiro depois de imensos desafios
gerados pela pandemia da Covid-19, eu entrevistei o presidente do HotéisRio, Alfredo Lopes. Na oportunidade ele fala sobre os desafios que
o segmento tem enfrentado o reaquecimento do setor, a situação real dos hotéis no
momento entre outras coisas.
Como está a
situação atual do setor hoteleiro no Rio de Janeiro?
R: No último semestre do ano passado experimentamos uma vigorosa
recuperação. O avanço da campanha de vacinação e as ações que nosso setor
tomou, como os rígidos protocolos de segurança sanitária implantados,
melhoraram o cenário. Tivemos, também, ajuda da sazonalidade do turismo no
verão, embora eventos importantes como Réveillon e Carnaval não possam ser
realizados com toda sua capacidade. Ainda há o que fazer: é preciso, por
exemplo, retomar o turismo de negócios. São impactos que afetam o mundo todo e
todos os setores, não é exclusividade do Turismo. Mas trabalhamos para que, em
breve, possamos voltar aos nossos patamares habituais.
Qual o panorama da situação
de desemprego e de criação de novos postos de trabalho no setor?
R: É claro que, por conta do cenário de saúde pública que
atravessamos, há dificuldades. No auge da pandemia, entre março e maio do ano
passado, a ocupação chegou a cair de 70% para 5%, com cerca de 90 hotéis e
albergues fechados e mais de 25% dos postos de trabalho suspensos de forma
permanente ou temporária. Foi muito duro. No entanto, estas vagas estão sendo
recuperadas em sua totalidade e não só voltaremos a trabalhar com força máxima
como criaremos novas vagas. Nosso setor gera, para cada quarto, até 4 empregos,
sendo um direto e três indiretos. Pelas boas expectativas da temporada
esperamos não somente recuperar as vagas, mas também abrir novos postos de trabalho.
Quais têm sido os maiores desafios dos hotéis nesta
pandemia?
R: A pandemia ainda não acabou. Portanto, a hotelaria está atenta
aos protocolos de segurança sanitária e continua sendo uma opção segura para o
viajante. Um grande desafio, até pela logística de voos, é trazer novamente os
turistas estrangeiros – a maior parte de nossa ocupação tem origem doméstica –
e retomar os eventos do turismo de negócios. O turismo não se sustenta sem um
calendário de eventos robusto, uma agenda sólida.
Quais são as medidas que o senhor tem tomado para
promover a ocupação dos hotéis diante do contexto atual?
R: Temos investido em diversas campanhas promocionais, como “O Rio
não para” e “O Rio continua lindo. E perto!”, focadas em turistas nacionais, em
especial os oriundos de estados vizinhos, pois a pandemia aumentou muito o
número de pessoas que usa o transporte rodoviário e, consequentemente, opta por
destinos próximos de sua residência.
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Outro projeto no qual apostamos é o ProCap. O Programa de Capacitação
tem como objetivo promover treinamento, atualização, promoção e venda de
destinos fluminenses junto aos operadores do receptivo nacional e
internacional, para que possam apresentar seus atrativos turísticos às agências
de viagens e ao público final. A proposta é realizar uma aproximação entre as
atrações locais e os principais representantes do segmento operador alcançando,
consequentemente, os visitantes potenciais. A primeira edição do ProCap no
interior do estado aconteceu em Petrópolis, na Região Serrana; a região
turística do Vale do Café recebeu a segunda edição; a terceira foi realizada
nas cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Rio das Ostras e a quarta edição
aconteceu na Costa Verde.
Como foi e tem sido a atuação da prefeitura e do
governo do Estado do Rio de Janeiro em relação aos hotéis?
R: A Prefeitura do Rio de Janeiro tem sido grande parceira. A
campanha de vacinação está sendo um sucesso e os resultados já aparecem. Dentro
de todas as medidas sanitárias que o momento exige, a prefeitura tem se
mostrado bem comprometida em acompanhar nossas demandas e atendê-las sempre que
possível. No final do ano passado, por exemplo, nós, do HotéisRIO, reunimos
diretores e gerentes gerais dos principais hotéis da capital carioca em um
encontro com o Prefeito Eduardo Paes. Ele deixou todos animados com sua
motivação e confiança nos projetos que envolvem a cidade e na retomada
econômica.
Na sua concepção, o que fica de legado positivo da
pandemia, no tocante à evolução tecnológica no segmento hoteleiro?
R: O uso de ferramentas digitais, que já era grande, se tornou
intensivo. Os empreendimentos aumentaram a interação com seus clientes no meio
virtual, seja por meio de campanhas ou contato direto. Também foi necessário
investir mais na qualidade dos sites e na atuação nas mídias sociais. Esse novo
cenário veio para ficar, mesmo com o eventual fim da pandemia.
Quais são
as projeções que o senhor faz para a situação dos hotéis no primeiro semestre
de 2022?
R: Esperamos um primeiro semestre muito bom. O Réveillon foi um
exemplo disso. Mesmo com as restrições e o cancelamento da programação de shows
da Prefeitura, nossa ocupação chegou a uma média de 96% na noite da virada. O
número confirmou a expectativa do setor, que previa um grande fluxo de
visitantes para apreciar um dos maiores atrativos turísticos do país, o
Réveillon carioca. Além dos encantos da cidade, a abrangência da cobertura
vacinal e a exigência de comprovante de vacina para acesso a hotéis,
restaurantes e pontos turísticos contribuíram para dar tranquilidade aos
turistas na escolha do destino, gerando a alta taxa de hospedagem.
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