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27 de outubro de 2021

Exclusivo: Diretora de TV faz uma análise do trabalho da imprensa e fala da estreia da TV Jovem Pan News

        Imagem: Paula Azzar Mariosa


   Paula Azzar Mariosa é diretora do programa 'Direto ao Ponto com Augusto Nunes', uma das principais atrações do grupo Jovem Pan, esteve à frente da direção dos dois maiores programas de entrevistas da América Latina em canal aberto, tais como: Roda Viva da TV Cultura e Canal Livre da TV Bandeirantes, passou pela editoria de inter dos programas: Domingo Espetacular da Rede Record de TelevisãoConexão Repórter do SBT, editoria jornalística de produtoras independentes, criou a De Olho no Mundo Agência de Notícias, é responsável pela liderança de equipes de jornalistas, gerenciamentos de crises e coordenações de produção de conteúdo, além de convidados, fechamentos, pesquisas de mercado e finalizações. Foi responsável pela concepção, direção, roteiro, edição de texto e finalização de um piloto-documentário sobre o que o mar e rios geram para a economia de um país, ganhador de um Jacaré de Ouro.

  Em meio a estreia da TV Jovem Pan News, hoje, dia 27 de outubro, tive a oportunidade de entrevistar com exclusividade, a premiada jornalista e diretora do programa: 'Direto ao Ponto com Augusto Nunes', Paula Azzar Mariosa.  Acesse aqui.  

 

Como foi o início da sua carreira, os principais desafios que enfrentou, e o que mais te motiva no jornalismo?

  R:  Comecei como estagiária em uma eleição na TV Globo no terceiro ano de jornalismo. Depois, já formada, fui trabalhar na TV Bandeirantes. Comecei como produtora, passei a coordenadora de produção e depois diretora do programa Valle Tudo. Era um programa de quatro horas de duração com mais de duas horas de arte. Um desafio, a equipe era pequena, mas valente. Todos são meus amigos até hoje.

   -  Toda a minha carreira foi voltada para televisão. Escrevi textos para algumas revistas e jornais, mas muito pouco. Durante minha carreira, trabalhei pouco tempo com o factual, fui editora de inter no Jornal da Record em 1992. Logo depois decidi seguir com programas de grandes formatos, passando pelo Hoje em Dia, Domingo Espetacular (Record) SBT Repórter, Conexão Repórter. Depois fui convidada para dirigir o Roda Viva, na TV Cultura e o Canal Livre, na TV Bandeirantes. Em 2003, ganhei um Jacaré de Ouro como melhor reportagem em um piloto do programa Planeta Água, que era sobre o que mares e rios geram para a economia de um país. 

 -  Em produtoras independentes, trabalhei com o Lemos Britto, TV1 e a De Olho no Mundo, uma agência de notícias que estou no comando até hoje. 

  -  Minha avó, mãe de meu pai, era jornalista. Foi corresponde na Suíça em uma época bem complicada para mulheres nesta profissão. Apesar de eu quase não ter tido contato com ela, que faleceu quando eu tinha quatro anos, aos doze eu já dizia que queria ser jornalista.

 

Qual o conselho que você dá a todas e todos que desejam ter uma carreira de sucesso no jornalismo?

  R:  Se atenham aos fatos. Sua opinião, definitivamente, não é notícia. Se acha que vai entrar em uma redação e escrever somente o que gosta, troque de profissão. Não que você não consiga conquistar uma editoria que tenha mais a sua cara, mas é um caminho longo. Não se martirize por isso. Para chegar aonde queremos temos que enfrentar muitos aprendizados. Só vai perceber o quanto isso conta, o quanto é importante, quando estiver à vontade com a editoria que você conquistou. Não desista nunca.

  

Como você analisa o jornalismo brasileiro, no momento atual, e sobretudo na cobertura da COVID – 19?

   R:  A COVID escancarou muitos cenários e na imprensa não foi diferente. a opinião ganhou mais espaço do que a notícia. O lead se perdeu de vez nos textos tendenciosos e a censura nunca foi tão apoiada pela grande imprensa como agora. Muitas notícias caíram na vala comum e o tom de crítica dominou as redações.  

  -  Vi colegas apontando o dedo para outros colegas num frenesi incontrolável. Vamos demorar muito para voltarmos a ter uma imprensa livre. Uma pena. O jornalismo sério se perdeu. Tem gente que acha que tenho que me posicionar senão não tenho opinião ou estou em cima do muro. E sempre me pergunto: por que tenho que ter um lado na notícia, se para mim ela, a notícia, sempre teve dois lados. E nenhum deles, o meu... 

Atualmente você dirige o programa: ‘Direto ao Ponto’, na Jovem Pan, sob a apresentação de Augusto Nunes. Quais os principais objetivos do programa e quais as perspectivas para o ano de 2022? 

  R:  Apesar de o programa ter a fama de ser tendencioso, eu sempre convidei todos os lados, tanto para entrevista, como bancada. Tenho muitos “nãos” por ideologia dos convidados. Nunca ditei ou persuadi a bancada para tomar qualquer partido que fosse. Muito pelo contrário, sempre falo para todos perguntarem o que quiserem, desde que seja com respeito. Nunca admiti, em nenhum programa que dirigi, que desrespeitem os entrevistados. 

Tivemos recentemente o episódio do desligamento do jornalista, Alexandre Garcia de uma determinada emissora, no qual Alexandre era comentarista no quadro: “Liberdade de Opinião’. O que você análise dessa situação? Estaríamos vivendo uma ditadura? 

  R:  Uma das piores ditaduras, e o pior, vindo dos próprios colegas. Não só o caso do Alexandre Garcia, mas temos jornalistas sendo presos e a grande imprensa ignorando.

“Pior ditadura do que nos anos de chumbo. Uma vergonha”!


 Hoje, dia 27/10 haverá a estreia da TV Jovem Pan News. Quais as principais novidades do canal e qual o diferencial que ele propõe? 

 R: Jovem Pan tem muita história com a notícia. Faz parte da vida cotidiana do país. Acho que vem mostrar um pouco mais de liberdade com o jornalismo. Nesse um ano e pouco que trabalho na casa, nunca ninguém me censurou. Muito pelo contrário, a Jovem Pan tem preocupação com as notícias não se tornarem tendenciosas. 

Na sua visão, qual a importância da Educação em meio a dilemas tão complexos de desemprego e miséria? 

  R:  Sem educação não vamos a lugar nenhum. Isso, para mim, é um fato real. E se fala tão pouco de educação no país, a não ser para atacar esse ou aquele ministro ou secretário. Acho que temos que crescer e pararmos com isso. Temos uma responsabilidade que é de dar informação e não ficar discutindo poder em um assunto que pode definir o futuro das pessoas.  

Quais as suas considerações finais?  

R:  Sinto vergonha às vezes da falta de respeito com a qualidade de notícias que a imprensa está imprimindo no país e fora dele. Com a falta de respeito, de apuração, de diálogo, de responsabilidade, de ética. 

 - Nunca imaginei que um colega tomasse a decisão de chamar o presidente do país, independente de quem fosse, de genocida perante o mundo. 

 -  Vamos nos recompor. Respeitar seu telespectador, ouvinte, leitor. Não subestimar as pessoas. Sua raiva não pode sobrepor a verdade da notícia... 

  -  Vamos abrir ao diálogo, ao bom debate, à comunicação. Eu sou uma otimista da notícia, por pior que ela seja 

   

    João Costa - Instagram: @joaocostaooficial  

 

14 de outubro de 2021

Especialista revela os segredos da reflexologia e da terapia integrativa

   

Imagem:divulgação


  Claudia Rosane dos Santos, é CEO da Academia Brasileira de Reflexologia e "Best Flower" Florais, possui formação em Secretariado e Marketing, tem Pós-graduação em Saúde Integrativa, Biofísica e Psicossomática, Pesquisadora, Palestrante e professora de Reflexologia Podal, Facial e Corporal e de Terapias Biofísicas. 

  Dada a premente necessidade de se discutir a importância da Reflexologia e da Saúde Integrativa, que entrevistei a pesquisadora e especialista no assunto, Claudia Rosane dos Santos.   

 

Você atua na área de saúde integrativa há 14 anos. O que é saúde integrativa e a área é voltada para atendimento de qual nicho de pessoas?

 

   R: É um novo conceito utilizado por profissionais da saúde que visa uma abordagem sistêmica do paciente, com olhar para o indivíduo, como um todo. Não levando em consideração somente os sintomas, mas o foco é chegar na causa desses sintomas. São levados em conta, não só os fatores físicos, mas o fator mental e emocional. Avalia-se também a forma do indivíduo se comportar no meio em que vive. 

 -  Leva-se em consideração a qualidade do sono, alimentos compatíveis, qualidade da água utilizada, gerenciamento do estresse, equilíbrio hormonal, lazer, exercícios compatíveis a sua genética, oligoelementos, saúde mental, exposição a poluição eletromagnética, toxinas vindas de metais tóxicos, parasitas, poluição eletromagnética etc. 

 -  É uma abordagem mais holística, (que vem do grego “holos”, que significa inteiro) que utiliza de técnicas da medicina convencional (alopática) a terapias milenares, não convencionais, como a medicina chinesa, ayurvédica, medicina quântica, aliado a conhecimentos modernos e atuais de bioquímica, fisiologia, metabolismo etc. 


Você relata a necessidade de ter adentrado a saúde integrativa por conta de seu filho. Conte um pouco sobre sua experiência.


    R: Meu filho teve hipoxia uterina o que gerou o quadro. Logo. foi diagnosticado com hipotonia global e não respondia a estímulos. Teve dificuldade de sucção na amamentação, atraso neuromotor em todos os aspectos. Entre idas e vindas, a todas as especialidades médicas, chegou-se à conclusão que era melhor eu me conformar pois ele não seria uma criança “normal” como as outras. Fez todos os tratamentos convencionais possíveis e disponíveis, na época. Ao longo do tratamento recebeu outro diagnóstico, de autismo. Não interagia, tinha dificuldade de concentração e aprendizado, não tinha noção de espaço e localização, além das debilidades físicas. 

 - Como nunca “aceitei” o fato de que eu teria que me conformar com o quadro dele, fui em busca de mais opções de tratamentos. Onde encontrei através da minha família, o tratamento da Reflexologia, que em menos de 6 meses, teve grande resposta neuromotora, melhorando a coordenação da marcha, fala, interação e aprendizado. 

  -  Os tratamentos convencionais, que eram em média, todos 3x na semana, puderam ser espaçados até a alta de todos eles. Após a Reflexologia, incluí também os florais quânticos que também eram focados no sistema nervoso. A junção da reflexologia e florais quânticos fizeram meu filho dar um salto positivo em todos os aspectos, visto que a base da reflexologia é o sistema nervoso e o problema do meu filho era neurológico, a reflexologia contribuiu consideravelmente. 

 -  Assim, depois de um tempo, resolvi também me cuidar com a Reflexologia e insatisfeita com o meu trabalho dentro de uma instituição financeira, resolvi empreender com a reflexologia, a qual estou até hoje.

 

O que é a empresa "Best Flower"?

 

  R:  A Best Flower, é uma empresa no segmento de florais frequênciais, que nasceu em março de 2021, idealizada por dois estudiosos na área da saúde integrativa e o objetivo é de levar ao seu público um novo conceito em terapia frequêncial vibracional.

  -  Levamos em conta o princípio da medicina integrativa: o olhar sistêmico, onde nossos florais, não estão focados em tratar sintomas e sim atuar no terreno biológico, que é base para saúde.

  - Onde há um terreno limpo, haverá equilíbrio dos sistemas do corpo e assim, o indivíduo estará saudável. Nós focamos no equilíbrio. Nenhuma doença se instala repentinamente, antes de tudo, o corpo entrou em desequilíbrio, e esse desequilíbrio gerou sintomas efeito bola de neve e então se instalou a doença. 

 - A "Best Flower" atua em 2 segmentos: linha Humana, que se divide entre cuidados gerais e odontológicos e Linha Pet, pois também acreditamos que havendo equilíbrio no meio que se vive, teremos saúde. E hoje a interação entre homem e animal é muito forte.  Focamos no cuidado de toda a família.

 

O que é reflexologia e para que serve?

 

  R:  A Reflexologia é uma técnica terapêutica, por isso precisa ser estudada e entendida, visto que é baseada em estudos neurológicos. Não invasiva e não medicamentosa, baseada no mecanismo das doenças (fisiopatologia) que tem por objetivo restabelecer o equilíbrio (homeostase) físico e emocional, do indivíduo, identificando, tratando e prevenindo distúrbios através de estímulos em terminações nervosas em pontos específicos localizados nos pés, mãos, face, orelhas, coluna, tronco. 

 - É uma poderosa ferramenta aplicada isoladamente ou potencializando outros métodos terapêuticos. 

  - Tem obtido enormes resultados por muitos profissionais que trabalham pelo bem-estar físico e emocional dos seus pacientes.  É a “Mais Antiga e Natural de Todas as Terapias”.

    -  Não somos médicos e não temos o poder da cura, mas a reflexologia trata as pessoas com os seus próprios recursos biológicos (neurológicos, endócrinos, estruturais), sem invasão (cirurgia, agulhas etc.) e sem medicação (alopática, fitoterápica etc.).

 

Você abriu uma escola de reflexologia e de fitoterápicos (terapias integrativas). Quais os motivos que a levaram a empreender nos respectivos segmentos?


     R: Em primeiro lugar, por ter me beneficiado desses tratamentos para meus filhos e depois para minha pessoa que trabalhava demais e vivia estressada, consequentemente doente. Tinha um medo grande em perder meu emprego devido ao plano de saúde para cuidar dos meus filhos. Por isso me “dedicava” demais a empresa.

   -  Em segundo lugar, resolvi então conhecer mais de perto as técnicas pois percebia que poderia também ajudar muitas pessoas, assim como fui ajudada. Estudei e logo comecei a aplicar na minha família e conhecidos. Me identifiquei demais e a procura começou a aumentar. Estava “insatisfeita” na época com a empresa, pois trabalhava demais, ganhava pouco em relação as minhas preocupações e responsabilidades, mas depois percebi que eu quem deveria mudar e não esperar isso da empresa. 

   -  Durante 6 meses atendi em domicílio, depois montei minha sala de atendimento. Como era algo que eu amava fazer, me dediquei, comecei a estudar e pesquisar bastante. Como eu tinha facilidade de comunicação e tinha experiencia em ensinar, vi que eu poderia expandir esse conhecimento a mais pessoas. O nicho da reflexologia tinha tudo para crescer pois era algo novo no Brasil e as pessoas não conheciam. Eis aí o desafio.

  -Trabalhar com algo novo e muito diferente de tudo que existia em terapias. Minhas pesquisas foram avançando e então me senti preparada para montar uma escola para expandir essa técnica. Resolvi empreender no ramo das terapias integrativas. Hoje, já são 14 anos como terapeuta e 9 anos de escola. Iniciei a escola com a técnica da Reflexologia, me tornei então palestrante, depois investi em terapia Frequêncial e outras técnicas para expandir essas técnicas. Daí então agora surgiu a Best Flower, conforme citei acima. Nesse meio tempo, busquei outras técnicas que pudessem agregar ao meu trabalho e inclui na minha clínica e escola.  

  -  Hoje, tenho 4 segmentos que embora separados estão interligados: clínica com reflexologia e terapias biofísicas, escola de reflexologia e terapias integrativas, loja de produtos e tecnologias biofísicas e a mais nova que é uma indústria de frequênciais florais.

   -  Foi um caminho sem volta que embora continue trabalhando bastante, como lá no passado, no meu trabalho formal, é muito satisfatório e já pude ajudar até o momento mais de 10 mil pessoas a se encontrarem e essas ajudarem mais e mais pessoas.


 No momento há alguma outra área na qual você esteja atuando ou possui planos?

   R:  Agreguei o que eu identifiquei que poderia ajudar, no meu trabalho, sem perder o foco da minha atividade principal que é Reflexologia. O que mais se aproximou foram as terapias e tecnologias Biofísicas. Acredito no conceito do menos é mais. Nunca gostei se atirar para todo lado, isso mostra insegurança e falta de foco. Como estudo e pesquiso bastante, hoje posso dizer que meus pacientes e alunos estão bem atendidos dentro da minha possibilidade de atuação.


 Quais as suas perspectivas futuras?

  R: Conseguir expandir ao maior número de pessoas, a corrente do bem. Ainda somos poucos profissionais com essa visão e com o objetivo em ajudar ao próximo e que o dinheiro venha como consequência. Devido a oferta ainda ser pouca, de profissionais capacitados na área integrativa, que de fato sejam altruístas e não só com o foco no dinheiro. Ele é importante, mas ele deve vir como consequência e não como prioridade.

  - Posso dizer que essa é minha perspectiva ajudar a expandir a idéia do verdadeiro altruísmo, foco nas pessoas e não na doença dela. Que todos tenham acesso a busca do equilíbrio de forma cientifica, segura e acessível financeiramente.

  - "A ABR & Best Flower" estão no mercado da terapia Integrativa com esse foco. O conceito da nossa marca é esse: você não pode recuperar sua saúde sofrendo para resgatá-la. E hoje vejo muitas pessoas gastando tudo que ganharam ao longo da sua vida para recuperá-la. O meu trabalho, estudos, pesquisas etc tem um preço sim, mas eu não quero enriquecer sabendo que empobreci alguém para isso. É o que eu penso!

  

Instagram@joaocostaooficial

 

 

11 de outubro de 2021

Especialista explica o que é Pilates Clínico e a sua importância para a saúde

  

                                      Imagem: Ana Silva 

    Ana Luísa Oliveira Dias da Silva é Fisioterapeuta pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto em Portugal, com formação Pilates Clínico Matwork level 1, 2, Saúde na Mulher e Class Instructor, Porto - Portugal, Formação Terapia Manual – Conceito de P.O.L.D. na Coluna, Tórax e Extremidades, Terapia Manual – Manipulação Vertebral, formação Vacuoterapia Coluna e Extremidades – e atualmente, é Fisioterapeuta, Técnica Responsável na Clínica Ana Silva, Paredes-Porto em Portugal.

   Com a pandemia da Covid-19 muitas pessoas passaram a ter problemas de saúde ligados a coluna, dentre outros. Foi pensando nisso que eu entrevistei, com exclusividade, a Fisioterapeuta portuguesa, Dra. Ana Silva para falar sobre pilates clínico e esclarecer alguns dos principais problemas ligados à coluna, e a importância das atividades físicas. Para obterem mais informações acessem as páginas: Clínica Ana SilvaInstagram e Facebook .

 

O que é Pilates Clínico e quais os seus principais benefícios em um momento de pandemia dado o aumento do sedentarismo?

     Ana Silva - O pilates clínico consiste, principalmente, em exercícios, que atuam na prevenção de lesões e/ou evitam a progressão de uma patologia da coluna vertebral e extremidades. Desempenha outras funções, como, o aumento da performance em atletas, corrige a postura através da noção da posição do corpo no espaço, trabalha a respiração diafragmática, ativa os músculos profundos e superficiais na sequência correta e ajuda na concentração. 

 -  Os benefícios do pilates clínico são, sobretudo, a nível físico, como diminuição da dor, da rigidez articular, muscular e fascial, contribuindo também, com uma quota parte para a componente mental e social. O pilates clínico através da concentração da noção corporal, ajuda a pessoa a focar-se no essencial, auxiliando o organismo a libertar substâncias que promovem o prazer/relaxamento, diminuindo assim, a ansiedade e estados depressivos que estão correlacionados com o sedentarismo.

 

O que é e qual a conexão entre Pilates clínico e as relações psicológicas e sociais?

 

     Ana Silva - Como referido anteriormente, o pilates clínico é um conjunto de exercícios terapêuticos que influenciam a parte física, mas sem dúvida a parte mental, e por sua vez, social. Passo a explicar, se uma pessoa sabe que tem de se “desligar do mundo” para se concentrar no exercício e na posição corporal no espaço, o cérebro acaba por se focar nas informações e experiências que está a receber, logo, este centraliza-se no essencial, que neste caso é o corpo, colaborando assim com a mente. Social, porque a pessoa sendo enquadrada numa pequena classe, apercebe-se que todas as pessoas que estão no pilates clínico têm um objetivo, que pode ser comum, mas também tem a parte da generosidade de uns para com os outros, promovendo assim uma comunicação mais presencial e empática, contribuindo para a saúde e bem-estar.

 

Quais os benefícios produzidos da junção do Pilates clínico e as relações sociais na vida do ser humano?

      Ana Silva - Esta relação pilates clínico/parte social aumenta e aperfeiçoa a qualidade de vida da própria pessoa. Se esta se encontra com menos dor muscular e articular, se consegue mobilizar-se sem grandes gastos de energia e com qualidade de movimento, o humor, a paciência e compreensão aumenta, desenvolvendo deste modo, a sua comunicação verbal e não-verbal e no saber estar para com os outros. Os resultados de uma aula de pilates clínico são sempre corporais e mentais, por conseguinte, social.

 

Em um artigo, cujo tema foi: “Pilates clínico e as Relações Psicossociais”, a senhora falou que “Pilates clínico não é só movimento, alinhamento, respiração, e só trabalhar os músculos e concentração, mas muitos mais”. A luz desta afirmação no que mais o Pilates clínico pode ajudar as pessoas?

       Ana Silva - No pilates clínico as pessoas percebem que, não são só eles próprios que têm problemas e que, de certa forma faz com que cada pessoa seja solidária com o próximo, aumentando a sua capacidade de saber comunicar. Isto acontece, porque, as classes do pilates clínico na nossa clínica são grupos muito pequenos. Existe um desenvolvimento social, inter e intrapessoal.

   - As pessoas aumentam a autoestima, porque neste local, não existem problemas em errar na forma de entender o exercício ou de ainda não conseguirem executá-lo. Aprendem a lidar com as pequenas frustrações e com perseverança alcançam assim os seus objetivos. E desta forma, reflete-se para cada um de nós. O paciente cresce, mas sem dúvida que o fisioterapeuta também.

 

Quais são as principais queixas de seus pacientes na pandemia e quais têm sido as suas orientações?

 

      Ana Silva - As principais queixas são sempre a dor e a incapacidade de fazer algo das suas tarefas diárias. Nesta fase da pandemia mantém-se, contudo, as pessoas referem que a falta de movimento proporcionou o estado de rigidez e acentuou a dor. Todavia a era digital desenvolveu ainda mais as aulas online, melhorando a saúde pública e a economia do país.

 

Qual o conselho que a senhora dá as pessoas, sobretudo, idosos que possuem algum problema na coluna e que se veem sem muitas alternativas de exercícios em meio a pandemia? 

      Ana Silva - O exercício é muito importante em qualquer fase da vida. Existem vários tipos de modalidades. Para as idades dos adultos mais velhos e quem têm problemas de coluna aconselho exercícios de baixo impacto, como a caminhada, dança, bicicleta, pilates clínico e exercícios terapêuticos.

 

Quais são os principais exercícios que as pessoas podem fazer em suas casas em razão do isolamento social?

 

    Ana Silva - Por exemplo, marcha estática, enquanto veem televisão, pois aumenta o trabalho cardiorrespiratório e a resistência, bem como, a mobilidade de todo o corpo. Outro, sentado numa cadeira, a ponta do pé sobe e desce, como se estivessem a bater com o pé no chão e depois levantar os calcanhares, deixando a ponta dos pés no chão. Estes dois últimos exercícios ajudam a fortalecer os músculos das pernas e ativar a corrente sanguínea, melhorando o cansaço e mal-estar dos membros inferiores.

 

Quais os cuidados antes de se começar a fazer alguma atividade física e quais os critérios para a escolha de um bom fisioterapeuta? 

     Ana Silva - Ter consciência do seu problema físico e adequar os exercícios para esse mesmo problema. De forma geral, com ou sem patologia, as pessoas devem fazer um bom aquecimento e ter uma postura correta do corpo, desta forma evitam lesões.

 - Relativamente à segunda questão, é muito subjetiva, cada fisioterapeuta é um fisioterapeuta, por este motivo existem diferenças. Os procedimentos são diferentes, mas sem dúvida alguma que o fisioterapeuta quando aplica exercícios deve ter uma sequência e acima de tudo pensar na pessoa como um todo e não só naquele grupo muscular. Uma escuta ativa é fundamental associado ao saber no adequar o exercício para aquele paciente e momento.

 Como as pessoas podem obter mais orientações e até mesmo ter um teleatendimento com a senhora?

       Ana Silva - Podem procurar-me através das redes sociais, facebook, Instagram, LinkedIn, Youtube que está tudo indicado no nosso site: clinica-anasilva.pt. Temos aulas de pilates clínico online, caso necessitem. 

Em meio a um momento tão delicado de pandemia, quais foram os seus maiores desafios?

      Ana Silva - Incentivar as pessoas a terem responsabilidade cívica para que tudo pudesse correr pelo melhor, pela saúde pública e economia do país.

 

Houve a necessidade de se fazer uma adequação nos atendimentos com base nos protocolos de segurança sanitária? Quais foram?

 

     Ana Silva - No meu caso, na clínica, já praticávamos mais de metade das regras sanitárias. A maior mudança, nesta pandemia, de facto foi no uso da máscara dos profissionais e pacientes, na higienização das mãos dos pacientes. Desinfeção de todo o material do ginásio e o local onde os pacientes deixam o seu vestuário e sacos, a ventilação mecânica forçada sempre ligada e a entrada só do paciente no gabinete. Os outros cuidados não mencionados mantêm-se, como sempre.

 

Qual é o segredo de se ter sucesso na sua profissão?

     Ana Silva - A minha entrega para com os pacientes. O profissional de saúde, acima de tudo deve amar o que faz, gostar de pessoas, ser empático e ter uma escuta ativa.

O que lhe move fazer um trabalho na área de saúde que demanda dedicação, por vezes, absoluta?

 

    Ana Silva - No meu caso, o que me move é algo inato. Mas acima de tudo gostar de ser útil e ajudar quem me procura e quem me segue nas redes sociais a sentirem-se mais orientadas. Muitas vezes é difícil, mas se é esse o nosso caminho, então deve ser em absoluto, o nosso desempenho.

 

Quais os seus conselhos para quem se sente desmotivado em fazer alguma atividade de movimento com o corpo?

 

     Ana Silva - Essas pessoas têm de ser elucidadas o quão é importante o movimento para o nosso corpo e mente. O movimento é o nosso “alimento” diário. Portanto, todos os dias que não façamos nenhuma atividade física, estamos a fazer jejum ao nosso corpo, como, articulações, ligamentos, músculos, fáscia, discos intervertebrais, circulação sanguínea e linfática, entre outros.

 - Cada dia será um dia de degradação e de menos qualidade de vida até para as tarefas mais simples. Por este e muitos outros motivos indico movimento saudável, como caminhada, dança, bicicleta, pilates clínico, escalada... 

Considerações finais?

 

    Ana Silva - Cada dia que passa em que não nos cuidamos, estamos a degradar a saúde pública e acima de tudo agravar as despesas do nosso país. Cada ato tem uma consequência. Por este motivo, façamos a diferença, contribuamos com o nosso melhor para nós mesmos e para os outros.

“Promovam o MOVIMENTO, promovam qualidade de vida. E acima de tudo cuidem-se uns aos outros”.

Instagram@joaocostaooficial 

 

 

 

6 de outubro de 2021

Exclusivo: Ana Botafogo abre o coração e fala sobre sua carreira como bailarina e do lançamento de sua biografia

 

 

                               Ana Botafogo

   Ana Maria Botafogo Gonçalves Fonseca, mais conhecida como Ana Botafogo é a primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, é professora de ballet, Palestrante, atriz e possui formação pela Academia de Ballet Leda Iuqui (Rio de Janeiro), pela Academia Goubé na sala Pleyel em Paris (França) e na Academia Internacional de Dança Rosella Hightower e o Dance Center- Covent Garden, em Londres (Inglaterra). 



   Em meio a uma trajetória profissional apoteótica e ao mesmo tempo com o desafio de se reinventar na pandemia, a minha entrevistada completa quatro décadas de Theatro Municipal, lançou um livro, fala sobre sua carreira e um pouco da sua história de vida. Minha entrevistada é nada menos, que, a maior bailarina brasileira de todos os tempos, Ana Botafogo. 

Como foi parte da sua infância aqui no Brasil e depois na Europa quando estudou, inclusive, na Sorbonne?

    Ana Botafogo – A minha infância e adolescência foram aqui no Brasil e estudei os primeiros passos de balé em um conservatório de música perto da minha casa, no bairro da Urca. Depois eu entrei para a conceituada, Academia de Ballet Leda Iuqui, no Rio de janeiro. Fiz toda a minha formação lá e tive a oportunidade de então viajar para a Europa para estudar. Nesta época eu já cursava a faculdade de letras - português/inglês e tranquei o curso para ter a chance de estudar em Paris (França), onde fiquei na casa de um tio que era diplomata. 

   - Com 18 anos fui para a Europa, onde fiz um curso de “Língua e Civilização Francesas” na Sorbonne. Dois meses depois de viver uma roda viva de estudos eu passei numa audição e tive meu primeiro contrato profissional, o que foi uma surpresa para mim. Era minha primeira audição pela qual, eu passava na vida. Daí em diante, tudo mudou, pois fui para o Les Ballets de Marseille do coreógrafo Roland Petit em janeiro de 1975, o que gerou uma grande mudança em minha vida e onde começou toda a minha vida profissional. 

  -   Logo que cheguei em Paris fui fazer aulas na Academia Goubé, onde eu tinha como referência uma ex - bailarina brasileira e professora de ballet, Yvonne Meyer e com ela eu tinha aulas, assim como tinha aulas com Monsieur e Madame Goubé. 

Ao chegar da Europa na década de 70, você foi nomeada a primeira bailarina do teatro Guaíra de Curitiba e depois foi nomeada a primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Como foram estas duas experiências para você? 

Ana Botafogo – Foi uma grande emoção, pois fiquei por dois anos na Europa. Não só na Companhia de Roland Petit, mas também fiz curso no Centro Internacional de Dança da Rosella_Hightower em Cannes, e depois fui estudar por mais seis meses em Londres. 

  -  Passado esse período eu retornei ao Brasil na esperança de entrar para o Theatro Municipal que estava de portas fechadas, passando por uma de suas reformas. Nesse meio tempo fui convidada para ir até Curitiba para fazer um teste para o papel principal do ballet Giselle. Seria a minha primeira protagonista, “A vida de uma bailarina é feita de testes a vida toda” Fui contratada para dançar Giselle com o Balé do Teatro Guaíra. 

   - Passado este período, eu voltei para o Rio de Janeiro, onde eu dancei com a Associação de Ballet do Rio de Janeiro, também como primeira bailarina criando novos personagens em diferentes ballets coreografados por Dalal Achcar. Em 1981 surgiu a primeira oportunidade para eu fazer uma audição para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Para a minha surpresa fui eleita pela banca como Primeira-Bailarina passando assim, a me juntar, às jovens e famosas bailarinas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro que eu tanto admirava. Então, foi uma emoção muito grande e o sentido de uma imensa responsabilidade. 

- Tanto o Teatro Guaíra como a Associação de Ballet do Rio de Janeiro foram responsáveis por me preparar para que eu pudesse entrar no Theatro Municipal, e neste ano (2021), estou comemorando 40 anos de Theatro Municipal.

 Você interpretou os principais papéis da dança clássica como: Coppélia, O Quebra Nozes, Giselle, Romeu e Julieta, Don Quixote, O Lago dos Cisnes dentre tantos outros. Qual foi o papel que mais a impactou e por quê? 

   Ana Botafogo – É sempre uma pergunta difícil de responder. Costumo responder que os meus ballets preferidos são os ballets de repertório, nos quais eu interpreto uma personagem e quase todos que você citou têm personagens incríveis e são longos ballets.  

   -  São personagens nos quais eu atuo em dois, três atos do ballet. Então esses ballets que você citou são muito queridos para mim. No entanto, tenho um carinho muito especial por Coppélia porque foi o meu primeiro papel em que estreei como a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e que me levou através de um maravilhoso convite, a dançar com o Ballet da Ópera de Roma num espetáculo nas Termas de Caracala. 

  - Todavia, quando me pedem para citar um, digo o ballet de Giselle, pois é um ballet feito em dois atos, tem muita interpretação, há muita nuance entre o primeiro e o segundo atos, é um dos meus ballets favoritos. Entretanto, o ballet que eu mais dancei na vida foi O Quebra Nozes. 

   -   Quanto ao ballet “Romeu e Julieta", trata-se de um xodó de interpretação para mim. Dancei Romeu e Julieta tanto com música de Tchaikovsky como de Prokofiev. Maravilhosa história de Shakespeare. 

  -  Portanto, o papel que mais me impactou foi Giselle onde eu sempre encontrei nuances no papel e maneiras de me aprimorar. 

Quais foram os reconhecimentos mais significativos que você ganhou no Brasil e a nível mundial?

    Ana Botafogo - O reconhecimento mais significativo foi ter visto a popularização da dança clássica, ter visto a dança cada vez mais sendo colocada dentro da nossa cultura. Tentei popularizar a dança e acho que consegui fazê-lo. 

  -  O reconhecimento veio pela imprensa e de um público fiel que me ajudou muito a me desenvolver enquanto artista. Recebi medalhas e comendas do governo brasileiro e francês. Tudo isso me traz muita alegria, mas para o artista o aplauso é uma grande recompensa.

 Qual tem sido a sua rotina em meio à pandemia? 

Ana Botafogo - Aulas, exercícios, encontros com a família e recordações. 

Como você tem enxergado o cenário do ballet em meio à pandemia? 

Ana Botafogo - Penso que, de todas as artes, a dança é a que mais tem sofrido com a pandemia porque num primeiro momento, todo mundo fez exercícios e buscou se manter em forma. Porém a dança precisa de muito mais do que só um físico trabalhado. 

   - A dança precisa de espaço para o bailarino saltar, correr, é necessário ter um piso adequado. Fazer aulas só no canto da casa não é o suficiente. Penso que muitos bailarinos vão se perder.

  -  Não estou falando em termos de Brasil, mas em termos mundiais muitos bailarinos vão perder a oportunidade de estarem em palcos pois os teatros estão fechados. O bailarino tem que ensaiar e dançar sempre, diariamente. 

Quais as perspectivas de oportunidades de ingresso de crianças no ballet diante do cenário atual de pandemia no Brasil?

   Ana Botafogo – É um momento ainda muito delicado. Tenho uma escola de ballet em Niterói, a Âmbar + Ana Botafogo e, começamos a reabrir só em outubro de 2020 e pouco a pouco as pessoas estão voltando. O ideal seria poderem assistir a espetáculos porque o que estimula a criança é poder ver de perto bailarinos profissionais. Há oportunidades de aprendizado, mas as novas gerações ainda vivem ainda um momento delicado de inúmeros protocolos. 


Qual o seu conselho para crianças e jovens que estavam fazendo ballet antes da pandemia e que de alguma forma tiveram a interrupção de suas atividades?

 

  Ana Botafogo – Meu conselho é que sejam fortes e voltem o mais rápido para as salas de aula porque dança não se faz só online. Foi necessário durante um momento, mas o meu conselho é que o online pode até continuar como mais uma opção ou até para conhecer aulas, ensaios de grandes mestres que estejam fora de nossa cidade. 

- Acho que o online será mais uma opção, não deixará de existir. Contudo, a dança precisa do presencial, do espaço adequado, do olhar do professor e do ensaiador. É primordial que se tenha esse olhar de perto e o toque. Não só para crianças e jovens, mais também para bailarinos profissionais.

   -  O toque do ensaiador e do professor são importantes para que cada vez mais, esse bailarino se aprimore. Vale lembrar que, bailarino é atleta e ator já que ele transmite emoções. Ballet não é esporte, ballet lida com emoções e precisa da técnica apurada. 

Tivemos a perda de Ismael Ivo, um dos maiores bailarinos do mundo. Vocês trabalharam juntos? Qual a sua reflexão sobre o legado de Ismael? 

Ana Botafogo – Foi muito triste, Ismael era muito jovem, e ele estava fazendo um trabalho superinteressante junto ao Ballet da Cidade de São Paulo. 

- Nunca trabalhei com ele, mas ele veio trabalhar no Theatro Municipal junto com Marcia Haydée, um grupo de bailarinos do nosso ballet. Na época era um trabalho mais contemporâneo e eu não estava escalada para esse ballet. 

  -   Entretanto, a meu ver, Ismael deixa um legado muito importante. Ismael fez uma carreira muito importante na Europa, teve contato com a nossa, musa Diva, Márcia Haydée e sei que eles fizeram muitos espetáculos pelo mundo, de modo que foi uma grande perda para dança. Tivemos outros bailarinos que se foram nesse meio tempo também. Sempre é muito triste, sobretudo quando a pessoa tem uma experiência, uma história para contar. Ismael Ivo foi um inovador, pioneiro em muito de seus movimentos e trata-se de uma grande perda para dança.

 Quais os seus planos para futuro? 

   Ana Botafogo – Acabo de lançar o meu livro. Quero poder divulgá-lo o mais amplamente possível. Um livro que foi escrito pelo meu pai, que é uma biografia, onde é contada toda a minha história.

  -  Meu pai fez uma pesquisa por quase 15 anos de tudo que eu fiz ao longo da minha carreira, a partir de recortes, histórias, memórias, cartas, escritos e, sobretudo todas as informações que eram veiculadas pela imprensa começando pela minha infância e mais toda a minha história profissional. É um livro em parceria com o Instituto Bees of Love e a renda do livro será destinada a uma ação social do Instituto Bees os Love, para a reforma, da maternidade do Hospital Miguel Couto.

 

Para mais informações sobre Ana Botafogo, acesse as suas páginas: Site oficial Ana Botafogo. Aqui.     Instagram. Aqui.  Ana Botafogo Maison - Loja. Aqui. 



    João Costa - Instagram: @joaocostaooficial

 

  

Câncer de mama e o outubro Rosa – não faça parte dessa triste estatística.

 

                                  Imagem: divulgação

 

Por Dr. Marcio Rogério Renzo

O câncer de mama é o tipo que mais vitimiza as mulheres, por isso o mês de outubro é dedicado à campanha para divulgar informações sobre a prevenção e cuidados. Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer – esta forma de câncer afetou só em 2020 cerca de 66.280 mulheres, o que corresponde a 29,7 % de todas as neoplasias. Além de representar um valor significativo no total de casos, houve um aumento em relação ao ano de 2018 que havia registrado 17.572 óbitos para 18.068 óbitos em 2019.

É importante salientar que o câncer de mama não afeta apenas mulheres, cerca de 1% do total de casos é masculino. A cada 100 mulheres diagnosticadas com este tipo de neoplasia 1 homem é afetado. Se acompanharmos os períodos de 2010 – 2014 e 2015 – 2019 houve um aumento de 0,02%, segundo o INCA.

A fisioterapia é a área da saúde que acompanha o paciente desde o início do tratamento até a alta definitiva. Agimos nas três fases da patologia, ou seja: na prevenção, no pré-cirúrgico e no pós-cirúrgico.

Na fase preventiva, o foco é na orientação, principalmente sobre os hábitos saudáveis, que variam desde a orientação sobre os benefícios de uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos, orientação quanto aos fatores estressores de nossa vida diária, diminuição e interrupção do uso do tabaco, a redução ou abstenção de uso de bebidas alcoólicas. Uma das orientações de maior importância sem dúvida é o desenvolvimento do hábito do autoexame mamário, não com o intuito de diagnóstico, mas sim como autoconhecimento do corpo e, em caso de alterações, procurar o atendimento ambulatorial mais próximo com a finalidade de buscar um diagnóstico através de profissionais capacitados.

O Ministério da Saúde orienta para que a faixa etária a ser submetida ao exame de rastreamento com mamografia seja entre 50 e 69 anos, com intervalo de dois anos, sendo contra indicada abaixo dessa faixa etária. Os riscos oferecidos pela mamografia só superam os benefícios nessa faixa. Mulheres com menos de 50 anos que se submetem ao exame podem apresentar as seguintes alterações: grande número de falso-negativos e de falsos-positivos devido às características anatômicas dessa faixa etária; identificação de cânceres indolentes (que não ameaçariam a vida da mulher e acaba sendo tratado) o que coloca esta mulher na condição de desenvolver danos relacionados e aos riscos do tratamento radioativo e/ou quimioterápico. Além disso há a exposição desnecessária à radiação.

É importante que todos esses apontamentos sejam discutidos entre as pacientes e seus médicos, a fim de que a paciente possa exercer seu direito à autonomia sobre o tratamento e ajude seu médico na tomada de decisões.

O tratamento cirúrgico para o câncer de mama depende do seu grau de gravidade, podendo variar da extração de um nódulo ou até mesmo da retirada total da mama. O procedimento cirúrgico pode afetar toda a cadeia de linfonodos próxima dessa região, desta forma, o paciente poderá vir a apresentar linfedemas, desconfortos respiratórios, perda ou diminuição da capacidade funcional do membro superior do mesmo lado da mama retirada. Além dos fatores cirúrgicos, o tratamento coadjuvante, como a radioterapia e a quimioterapia, pode comprometer ainda mais esse processo.

A fisioterapia participa do processo cirúrgico preparando a região a ser submetida à cirurgia, promovendo o ganho de massa muscular, expansão torácica e fortalecimento do membro superior do mesmo lado da mama a ser retirada, com a finalidade de minimizar as perdas funcionais. Outra ação muito importante é que com o processo cirúrgico na região, o paciente pode apresentar redução da capacidade respiratória, causando desconforto ao paciente, desta forma, a fisioterapia ajuda no aumento dessa capacidade, minimizando as perdas e as possíveis complicações decorrentes.

O pós-cirúrgico de mastectomia (processo de retirado da mama) podem provocar o surgimento de linfedema na região do membro superior, redução ou perda da mobilidade, dessensibilização da área, perda de força muscular, redução da capacidade ventilatória. As técnicas fisioterápicas vão facilitar a recuperação além de buscar restabelecer as funções normais dos membros afetados e também ajuda na recuperação psicológica desse paciente.

Desta forma, o fisioterapeuta lançará mãos de diversos tipos de exercícios de alongamentos de membros superiores e região torácica, pompages, exercícios passivos, ativos e resistidos para ganho de força muscular de membros superiores, exercícios para aumento da capacidade ventilatória, mobilização cicatricial com a finalidade de redução de aderências das fáscias e melhora da formação cicatricial, além de outras terapias como laser, ultrassom, etc.

O autoconhecimento do corpo pela mulher é a principal ferramenta para a prevenção desse tipo de câncer. Ao perceber qualquer sinal, procure um profissional de saúde. Quanto antes iniciar o tratamento, melhores serão os resultados e menos agressiva será a terapia.

 

Fonte:

  • MS / INCA / Estimativa de Câncer no Brasil, 2020
  • MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação
  • MS / SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade, 2020
  • MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação, 2020

 

 

Live pioneira vai debater o tema Risco de Trombose em Gamers

 

                                                Imagem: Dr. Fábio Rossi, presidente do IEDV 

 Numa iniciativa pioneira, o Instituto de Excelência em Doenças Venosas (IEDV) irá promover na próxima quarta-feira, dia 6 de outubro, às 20h30, uma Live especial para debater o tema Risco de Trombose em Gamers. O evento, que será transmitido pelo Instagram @institutovenoso, tem como objetivo disponibilizar informações importantes no sentido de prevenir e identificar os sinais clínicos da trombose e embolia e orientar, a partir desses dados, quais os procedimentos que deverão ser adotados.

       Imagem: Patriota influencer 

 De acordo com o cirurgião vascular Fábio Rossi, presidente do IEDV e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular/SP, idealizador do evento, crianças e adolescentes, incluindo adultos, que gostam de jogar vídeo game, passam horas imóveis, sentadas, sem se movimentar.

 "Este comportamento, além de inadequado do ponto de vista vascular - sublinha Rossi - é um importante fator de risco para o desenvolvimento de trombose e embolia pulmonar." Ele acrescenta ainda que a mudança de hábito durante a Pandemia, com a adoção do homeschooling por escolas públicas e privadas, de primeiro e segundo grau, também potencializaram esses fatores de risco".

 O presidente do IEDV lembra que a mídia internacional registrou em 2020 em torno de 15 casos de tromboembolismo em gamers, dos quais dois evoluíram para óbito. "O que torna obrigatória a discussão sobre esse assunto. O Vídeo Game está prestes a se tornar um esporte olímpico e seus praticantes, centenas de milhares no Brasil, passam horas jogando e treinando, sempre sentados sem movimentação, para os campeonatos em curso".

O evento, que contará com a participação de Patriota, um dos principais influenciadores digitais do Brasil no segmento de games, será dirigido ao seguinte público: gamers (crianças, adolescentes e adultos), pais e familiares, influenciadores para o universo jovem, escolas, sociedade de pediatria e empresas fabricantes de jogos, entre outros.

 Patriota é um dos principais nomes neste universo no Brasil - sendo reconhecido como um dos mais importantes criadores de conteúdo sobre Fortnite no País. Com 31 anos de idade, carioca do Rio de Janeiro, ele registra números exponenciais de seguidores nas principais plataformas: mais de um milhão no Youtube e em torno de meio milhão no Twitch TV. Seus vídeos já foram acessados e visualizados mais de 255 milhões de vezes. 

 Atualmente, muito mais do que um hábito ou um hobby, o mercado de games no Brasil tornou-se uma atividade econômica lucrativa: a previsão para o ano de 2021 é um volume de negócios em torno de US$ 2,3 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões) - o que significará um incremento de 5.1% na receita anual no País. No mundo todo, o tempo gasto em jogos de vídeo game cresceu 39% ao longo da Pandemia.

 No Brasil, adolescentes com idade entre 15 e 17 anos se dedicam de quatro a cinco horas por dia ao jogo.  Independente da classe social. Já os adultos aficcionados por vídeo games, a maior concentração está na faixa denominada de universitária - entre 18 e 25 anos. Outro dado interessante registrado pelo segmento de games: hoje, a presença feminina e masculina é bastante equilibrada, em torno de 50% de cada lado.

 O Instituto

    O IEDV é uma entidade sem fins lucrativos que tem foco no diagnóstico, na prevenção, e tratamento minimamente invasivo da trombose e da embolia pulmonar, e suas graves consequências clínicas. Suas ações visam promover a educação da população, e da classe médica, sobre os mais recentes avanços tecnológicos e das pesquisas clínicas. 

Conheça o IEDV através do site www.institutovenoso.com.br 

 


 João Costa - Instagram: @joaocostaooficial