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29 de fevereiro de 2024

Beleza transsexual: As buscas por harmonizações faciais na adequação corporal crescem


Procedimentos que fomentam a aparência compatíveis à identidade de gênero estão em alta. O principal fator é a elevação da autoestima


Uma das principais etapas da transição de gênero é adequação corporal – isto é, tratamentos e métodos que contribuem para a pessoa transacionada atingir resultados estéticos mais próximos ao que deseja ter. Entre eles, a harmonização facial se destaca e se mostra cada vez mais requisitada. Isso porque, através dela, é possível obter traços compatíveis ao gênero sem a necessidade de processos invasivos. Diferentemente da cirurgia plástica, tais procedimentos são realizados por profissionais habilitados, como cirurgiões dentistas, através de técnicas não-cirúrgicas de correção na aparência. O valor médio do tratamento pode variar entre 9 mil e 15 mil reais.

Formada em odontologia pela USP e especializada em estética orofacial, Dra. Karina Moreno revela que já atuou com pacientes em transição e que as regiões do queixo e da mandíbula são os principais destaques nas buscas, pois são áreas onde há os principais traços que diferem os rostos masculinos e femininos, com suas devidas particularidades. A especialista explica que a composição óssea interfere diretamente no processo, e por isso, é de extrema importância o alinhamento prévio com o especialista para definir possíveis resultados com a execução dos procedimentos, excluindo qualquer tipo de expectativas irreais e efetuando-o com segurança.

Já em tratamentos full face, onde se remodelam a arquitetura facial nos ângulos da mandíbula, queixo, lábios, região malar e bochechas, a técnica pode ser feita incluindo também tratamentos a base de toxina botulínica, o botox. “Bioestimuladores de colágeno também surgem como opção para deixar o rosto um pouco mais arredondado e também pode ser aplicado junto com o preenchimento e com o botox, no entanto, exige um tratamento a maior prazo”, afirma a especialista.

A doutora também ressalta que a reversão do procedimento é possível: “Pode-se reverter os preenchimentos com hialuronidase, uma enzima que consegue diluir esse preenchedor, saindo bem mais rápido. Já o Botox tem efeito temporário, enquanto os bioestimuladores de colágeno têm uma duração prolongada, sem opção de reversão enzimática, mas eventualmente vai passar o efeito.”





Analice Nicolau fala sobre a relevância da comunicação no “Programa Sensacional”

  

No último dia (27/02), a jornalista, apresentadora, empresária e mentora de comunicação, Analice Nicolau, gravou sua participação no "Programa Sensacional", da apresentadora, Daniela Albuquerque, da RedeTV de Televisão.

Na oportunidade, a jornalista falou amplamente sobre a sua metodologia de comunicação, dentre outros fatores relevantes e necessários, para que um profissional tenha uma comunicação de excelência.

O programa irá ao ar no dia 07/03, às 22h pela RedeTV.


 Sobre: 

Analice Nicolau, foi âncora dos principais jornais do SBT durante 18 anos, atualmente é CEO da empresa AN CONNECT, onde ajuda a melhorar a comunicação dos empresários e suas marcas, abrangendo, inclusive a parte de compliance da comunicação corporativa, é jornalista e colunista do jornal de Brasília, empresária, palestrante, presta Mentoria de Comunicação e MKT Digital e Relações Públicas.

 

Fotos: divulgação

 

 

13 de fevereiro de 2024

Juliana Pontes lança sua nova coleção de vestidos de festa e fala dos seus planos para o futuro

 

  A minha entrevistada desta semana é a estilista, empresária e modelo, Juliana Pontes. Na oportunidade, ela discorre amplamente, sobre sua história de iniciação na costura, carreira e do lançamento da sua nova coleção de vestidos de festa.

 Como e quando surgiu o ateliê Juliana Pontes?

 R: Cresci olhando minha avó, Maria, customizar peças com bordados e minha avó, Carlinda, costurar vários tipos de roupas!! Essa influência foi muito forte para mim. Ainda bem pequena adquiri uma habilidade, comecei a desenhar nas minhas roupas, estampas criativas, com tinta de tecido acrilex, pois a minha personalidade desde criança sempre foi criar peças exclusivas e autênticas. Logo depois, desenhei para mim o meu primeiro vestido de festa, para a minha festa de formatura, e foi um sucesso. Depois disso nunca mais parei. Decidi cursar designer de moda para me aprimorar já no primeiro ano de faculdade.

    Em 2012, enquanto tinha apenas 20 anos, participei do Reality show Brasil Fashion Designers.  Desenhei a minha primeira coleção de moda e promovi o meu primeiro desfile. “Me classificando entre os finalistas, o que me inspirou muito, para os próximos passos. Naquele momento, vi que era aquilo que eu queria fazer para sempre e, depois deste concurso, decidi me aperfeiçoar com mais cursos, relacionados a costura e alta costura”. Lembro que nesse processo ganhei a minha primeira máquina da minha avó Carlinda e fiz o meu primeiro vestido feito sob medida, era um vestido de madrinha para a minha amiga Fernanda Pailo! Foi um sucesso e esse Vestido eu guardo com muito carinho até hoje, como prova da minha dedicação.

  Em pouco tempo, comecei a costurar e conquistar diferentes tipos de clientes, daí inaugurei meu primeiro espaço com sala ampla, no qual eu podia criar e costurar sob medida modelos de festa, casual, adultos e infantis. Além, é claro, de fazer customizações entre bordados e rendas delicadas.

Quando e onde será o lançamento da sua nova coleção?

 R: O lançamento será em março, no ateliê de confecção, em Guaramirim – Santa Catarina - SC

Você atende muito o público infantil, adolescente e adultos do Miss Brasil. Como se dá este trabalho?

 R: Faço muitos vestidos infantis todos os anos para o Miss Brasil! Um detalhe, sabe de uma coisa? É incrível fazer esse trabalho, vibro junto com elas desde o croqui e em cada prova! É lindo ver elas provando os seus vestidos de princesa, e tem umas que até se emocionam quando se veem nos meus vestidos! É um trabalho para mim muito especial, já que me dedico muito.

   Agora uma novidade, usarei um vestido da minha coleção Miss Gala, feito por mim no Miss Santa Catarina! Uma peça exclusiva e artesanal que logo estará disponível para aluguel no meu ateliê.

Além da miss a sua coleção atende a outros públicos?

 R: Sim, hoje, atendemos também muitas noivas que sonham em fazer um vestido exclusivo! Desde madrinhas, convidadas, debutantes e lojistas que querem vender a marca “Juliana Pontes ateliê” em suas lojas de festa!

Quais as novidades que o público em geral pode esperar da sua nova coleção?

 R: Um atendimento diferenciado, peças únicas, modernas e artesanais!!!

Você aluga, vende e tem o atacado. As entregas são para todo o Brasil? Como funciona o atendimento para quem está em outros estados?

 R:  Sim! Hoje nós Alugamos, vendemos e fazemos o atacado para lojistas de todo o Brasil, tanto coleção infantil como adulto, com lindos vestidos, com peças exclusivas, para venderem em suas lojas!!! O atendimento é personalizado e feito dentre outras formas, pelo WhatsApp ou na nossa loja física! Enviamos para todo o Brasil. O envio é rápido e seguro.

Como é a confecção das peças e como as pessoas podem fazer para entrar em contato e solicitar um orçamento?

 R: Todo o processo criativo das peças é feito por mim, o que vai desde o croqui até a peça final. Peço, sempre, um prazo de 30 a 60 dias para o processo confecção de cada peça exclusiva, podendo se estender ou não dependendo da peça e do tipo de bordado! O orçamento pode ser feito pelas nossas redes sociais: @minnidres e @julianapontesatelie  ou pelo nosso WhatsApp: (47) 98816-4529.

 Sobre:

   Juliana Pontes é estilista, com formação em moda, é formada em moda, empresária, é Miss Balneário Camboriú MRS 2024, fez faculdade de designer de moda pela UNIC de Cuiabá - Mato Grosso, fez curso de costura avançada no SENAI, curso de noivas com Samuel Cirnansck, foi finalista do reality show “Brasil Fashion designers”, e atualmente, faz especialização em alta costura, no Instituto di Moda Burgo Brasil.

 

Fotos: Sabrina Vicente



12 de fevereiro de 2024

Geraldo Rufino fala sobre a sua história de vida e superação em entrevista exclusiva

 


   Em um bate-papo bem descontraído, o empresário discorreu amplamente, sobre sua história de vida, superações e o racismo. 

Como foi a sua infância?

 R: "Minha infância foi muito marcante, posso lembrar da fase em que eu tinha 2, 3 anos de idade! Pensa em um cara feliz! Tive uma mãe sensacional, uma família espetacular, meu brinquedo era um carrinho de boi puxado por rato, eu adorava a minha vida, e continuo adorando, minha infância não passou, pois me vejo com a mesma mentalidade dos meus sete anos. Portanto tive uma infância sensacional que dura sessenta e cinco anos! Rsrs".

Quais foram os seus maiores desafios?

 R: Para mim todos os dias temos um novo desafio, seja menor ou maior, são desafios diários. Não acredito em tempos difíceis e nem em problemas maiores que o ser humano, na minha visão quem cria o problema é o ser humano. Logo, penso que não existe um desafio tão extraordinário que supere o criador do desafio que é a própria pessoa.

O que você sente quando o assunto é a sua mãe?

 R: Ah, eu me sinto no colo, protegido, guiado, direcionado, eternizado do lado de uma pessoa que me ama e que é imortal, com certeza serei protegido assim a vida inteira! Toda vez que falo da minha mãe me sinto um ser privilegiado!

Como é para você ter se tornado um empresário de sucesso após ter sido catador de latinhas?

 R: Para mim, ser empresário ou catador de latinhas é algo muito relativo, eu costumo dizer que se for por uma questão material a referência que eu tenho entre catar latinhas e ter uma empresa grande de reciclagem, se bem que uma coisa não está diretamente ligada a outra, já que quando eu catava latinha era uma outra fase, a empresa de reciclagem aconteceu lá na frente por um acidente de percurso, então na realidade se eu for fazer uma comparação o meu sentimento é que mudou o tamanho da lata!

Qual ou quais as dicas que você dá para quem se encontra perdido e sem saber o que fazer profissionalmente?

 R: Seja lá qual for o problema que você tenha ele é menor que você, eu acho que o grande resolvedor de problemas é você, portanto, se você olhar pra dentro de si irá achar solução, vai achar caixinhas que têm armazenadas informações, conhecimentos, bagagens, experiências, mas acima de tudo, se você tiver despertado ali o seu senso de humildade, você vai ver que qualquer que seja a sua situação é menos complicada que a situação de muita gente do planeta, então se você acha que a pessoa está perdida, olha para dentro e vê que a sua situação não é tão complicada assim. Daí a hora que você entende e põe em exercício que você é um ser especial, que tem potencial, que tem ferramentas mental e espiritualmente para resolver o seu problema, você sai sozinho dessa fase. Não espere que alguém faça, olhe para dentro de si e use as ferramentas que você tem e vai para a próxima fase, para quem está perdido a melhor maneira de se encontrar é olhar para si mesmo.

O que você pensa sobre o racismo? Qual ou quais são as soluções para a erradicação desse mal?

 R: Racismo, preconceito, intolerância, discriminação, isso não tem como erradicar, isso é uma fraqueza humana, enquanto existir o ser humano vai haver alguém se sentindo maior e alguém, infelizmente, se achando menor. No meu ponto de vista, você só vai se sentir discriminado quando você se sentir fraco, porque na realidade quem está praticando o ato de preconceito que é fraco, ele está fazendo isso para se sobrepor ao outro, não existe maior ou menor, somos semelhantes. É fundamental que você não se deixe abalar emocionalmente por isso, existe leis, normas. A questão é que nos bastidores algumas pessoas são cruéis e neste contexto a pessoa precisa estar emocionalmente pronta para lidar com a fraqueza de quem a ataca, e pronto para ajudar a fraqueza de quem aceita que está fraco. Eu não tenho a fraqueza de aceitar e não tenho a prepotência de atacar, então para mim racismo, discriminação e preconceito não funciona, não me atinge. Na minha concepção toda vez que você fortalecer o ser humano emocionalmente, ele vai estar preparado para lidar com isso, já que a meu ver, isso vai acontecer a vida inteira, uma vez que você não tem como controlar o que existe dentro do outro, o que o outro pensa, você tem como lidar com isso sem sofrer, é o que eu faço, eu tiro de letra, não potencializo os fracos que atacam e ajudo os frágeis que se sentem menores com isso, procuro ajudar as pessoas a se sentirem fortes, nunca menores.

Quais as suas páginas para quem deseja conhecer mais sobre os seus trabalhos?

Instagram: @geraldoarufino Youtube:  @geraldorufino 

Considerações finais?

 R: Toda vez que eu bato um papo, que eu quero passar para as pessoas, eu digo, sou um brasileiro, um ser humano voltado a fazer com que os outros percebam que a vida é bela, que somos privilegiados, que nós somos mau agradecidos, que nós precisamos agradecer mais, reforçar a espiritualidade, a esperança, o relacionamento, voltar para a base que é a família, melhorar as conexões, olhar para dentro quando você achar que está faltando alguma coisa e se encontrar consigo mesmo, subir um degrau, levantar a cabeça, se motivar a partir do privilégio de mais um dia, esticar a mão e trazer mais alguém de modo a fazer com que tenhamos um mundo mais humanizado a partir de nossas atitudes, se cada um de nós começar a se transformar e se inovar com certeza nós vamos utilizar melhor a máquina, a inovação tecnológica, para servir, fortalecer, para atender  as pessoas, para sermos mais mãe, mais protetora, mais guia, mais cuidador do outro ser humano. Aliás, eu quero que as mulheres entendam isso, pois penso que, as mulheres são os mensageiros desse novo normal, a mulher tem sensibilidade, grandeza humana, a mulher é criadora, nós somos criaturas, elas possuem uma capacidade gigante para nos ensinar a reencontrar o caminho da humanização, da família, da base, dos valores, da espiritualidade, do “Deus” que está dentro de cada um de nós, espero que as pessoas olhem para dentro e se tornem um ser humano melhor.

 Sobre:

  Geraldo Rufino iniciou sua vida profissional trabalhando como catador de lixo reciclável e, depois de montar diversos negócios e quebrar algumas vezes, voltou às origens e fundou a primeira e maior empresa de reciclagem de peças de caminhões do Brasil e da América Latina, a JR Diesel. Atua como palestrante pelo Brasil e é autor do livro O catador de sonhos, também publicado pela Editora Gente.

 

Foto: divulgação



9 de fevereiro de 2024

Rainha da noite Lilian Gonçalves resiste às crises do mercado e investe no maior centro de karaokê do Brasil

 Rainha da noite Paulistana que comanda uma rua focada no entretenimento, em São Paulo, anuncia a inauguração do “Kara a Kara Karaokê”, um prédio com 13 espaços sofisticados para quem gosta de cantar


 Lilian Gonçalves, a Rainha da Noite Paulistana título reconhecido devido ao seu sucesso como empreendedora no setor de Bares e Restaurantes, anuncia novo investimento no bairro de Santa Cecília, centro da capital paulistana. Na contramão de muitos empresários do segmento, a empresária projeta para o próximo primeiro semestre deste ano, a inauguração do “KARA A KARA KARAOKÊ”, um prédio de sede própria, inteiramente, direcionado para o entretenimento com 13 salas de karaokê.



A iniciativa confirma sua resistência e retribuição ao Centro de São Paulo, região onde a empresária construiu uma história com mais de 50 anos de sucesso. “Cheguei a essa cidade sem lenço e sem documento e o bairro da Santa Cecília me acolheu. Fui uma das responsáveis pelo desenvolvimento socioeconômico da região e não posso deixar de participar dessa retomada da região”, afirma Lilian Gonçalves.

- A Resiliência

“Hoje, muitos falam sobre a crise da região devido, especialmente pela questão da segurança. Já enfrentei diversas crises nesse Brasil, motivadas por planos econômicos, alteração de moeda, troca de presidente e, recentemente, a pandemia da covid. Venci a todas e sou resistente a região central, lugar que me permitiu construir minha história”, explica a empresária empolgada para inauguração de sua nova casa.

-Sede Própria

Com localização próxima as estações de Metrô Mackenzie/Higienópolis e Santa Cecília, o “KARA A KARA KARAOKÊ”, projeto com assinatura da arquiteta Jane Manfredine, se somará aos empreendimentos da Rede Biroska (@redebiroska):

SIGA LA VACA (@sigalavacabr) – Um dos espaços mais disputados de São Paulo, oferece 6 espaços amplos de karaokê.

FRANGO COM TUDO DENTRO (@frangocomtudosp) – Gastrobar que apresentada cardápio variado com petiscos e pratos especiais. O espaço oferece no segundo piso, uma ampla sala de videokê.

BAR DO NELSON GONÇALVES (@obardonelson) – O espaço destaca a apresentação de música ao vivo e um cardápio especial com petiscos e pratos a la carte.

JAPAN TOWER (@japan.tower) – No restaurante, os clientes apreciam o melhor da cozinha japonesa. A casa conta com três amplos espaços para karaokê.

Todas as casas estão situadas na Rua Canuto do Val, a mais segura da cidade com segurança privada, mais de 400 vagas de estacionamento e preços acessíveis. O prédio de sede própria da empresária está com obras a todo vapor e contará com 13 salas de karaokê, que poderão ser utilizados de modo exclusivo para grupos de visitantes ou em sistema compartilhado pelos visitantes da casa.

-Reinvenção

“Reinventei o karaokê e, hoje, é uma febre nacional. Na Rede Biroska já contamos com mais de 20 espaços e a demanda de clientes que nos procura é crescente. Isso me levou a essa decisão e, logo, oferecemos esse novo espaço para o público”, finaliza a empresária que manterá o comando do maior complexo de karaokê da América Latina.

O “KARA A KARA KARAOKÊ” está previsto para inauguração, ainda, no primeiro semestre de 2024. “Vamos entregar esse presente aos clientes nos próximos meses. Uma que terá muitos recursos tecnológicos e proporcionará muita diversão e alegria ao público de todo Brasil, que escolhe a Rua Canuto do Val, como garantia de seu entretenimento”, finaliza a Rainha da Noite Paulistana.


SERVIÇO:

REDE BIROSKA

Rua Canuto do Val, 44 ao 115

Reservas e informações: (11) 3995-0586 / (11) 98840-7424




Fotos: divulgação


6 de fevereiro de 2024

Dani Guedes conta sua história de superação e motiva as pessoas através da arte

 


    Para falar sobre a sua história de superação, que eu entrevistei Dani Guedes. Na oportunidade, a atriz discorre sobre os desafios que enfrentou como portadora de doença rara e fala sobre a inclusão que promove de pessoas com deficiência e pessoas com doenças invisíveis e tumores raros através da arte, na Cia Teatro Raro. 

Como foi que você descobriu que tinha uma doença rara e qual a mensagem que você deixa para as pessoas que como você possuem uma doença rara?

 R: Quando tinha dez anos de idade descobri uma escoliose idiopática (sem causa definida) grave. Usei o colete de milwaukee, mas como sofria muito bullying resolvi abandonar o colete. Meus pais tentaram me convencer a usá-lo, porém eu não usava de jeito nenhum, daí minha escoliose evoluiu muito, no entanto, segui a vida “tentando esquecer que ela existia”, enganando a mim mesma. Fui fazer teatro, reprovei em diversos testes por ter o “corpo torto”, mas segui minha vida, usando meu cabelo longo para esconder e outros truques que nós mulheres sabemos usar quando necessário.

   Com trinta e oito anos eu estava em cartaz com um musical e bati o salto do sapato mais forte no palco em uma dança e minha costela grudou na minha bacia, tamanha era a curva que tinha. Foram dores, dores e mais dores, daí decidi que era a hora de fazer a tão temida cirurgia de escoliose! Durante o processo de escolha dos médicos escrevi um blog, “eu curva de rio”, relatando minhas histórias com a coluna torta de forma leve e isso me conectou a muitas mulheres na mesma situação que a minha, que tinham uma vida inteira com medo de operar. De certa forma esta experiência me deu força, pois não estava mais sozinha no mundo. Então depois de muitas histórias e muita pesquisa, em 03 de junho de 2018, coloquei 24 pinos na coluna. Estava reta por dentro e um corpo totalmente torto porque meu cérebro não entendia aquela nova condição. Como foi uma cirurgia de alta complexidade, as sequelas que ficaram me pareciam ser consequência do processo cirúrgico, inchaço nas mãos e pés, meu nariz muito maior, perda gradativa da visão esquerda e tontura, mas como a gente sempre acha que conhece medicina não fui atrás. Um ano após a primeira cirurgia, fui correr de patinete, cai e coloquei três pinos, na aorta torácica, e tive que passar por uma nova cirurgia de emergência para retirar os pinos e aqueles sintomas continuavam.

   Já na pandemia cai da cama, fiquei preocupada com os pinos e fui ao médico para ver se estava tudo bem. Com a coluna estava, como fiz um galo na cabeça pedi para fazer uma tomografia e a médica voltou e disse, está tudo bem, não aconteceu nada em sua queda. Respirei aliviada. Mas você sabia que tem um tumor enorme na hipófise? Ela continuou. E eu nem sabia o que era hipófise. “Hipófise: a glândula mestra, a hipófise, uma glândula do tamanho de uma ervilha localizada na base do cérebro, que produz diversos hormônios. Cada um destes hormônios afeta uma parte específica do corpo (órgão-alvo ou tecido-alvo). Duas semanas depois eu estava no centro-cirúrgico novamente, uma cirurgia delicada na cabeça que infelizmente me deixou sem toda a hipófise. E assim como todas as doenças raras que afetam a falta dela, insuficiência adrenal, diabetes insipidus, pan-hipopituitarismo. Minha vida mudou completamente. sem imunidade, com menopausa precoce, incontinência urinária, confusão mental, problemas em regular o estresse, quedas e quedas de cabelo e uma forte agressão a autoestima. Foram cinco anos longe do palco. Cinco longos anos morrendo um pouquinho por dentro.

Como surgiu a ideia da fundação do Teatro Raro, quais as ações que são promovidas por ele?

R: Decidi em maio de 2023, que ficar fora do palco me fazia mais mal do que bem, e que estava na hora, de ao menos tentar retornar. Tentei, e com o propósito de orientar as mulheres sobre a importância da autoestima e doenças que causam tanto mal e são desconhecidas. Subir no palco para informar. Consegui. Em um certo dia de ensaio, parei e disse: Eu quero mais, eu quero incluir pessoas com deficiência e com doenças raras neste universo, eu quero abraçar e deixar as pessoas se expressarem, e agora, isso chama “Cia Teatro Raro”. Ao final de cada espetáculo abrimos para o público falar e vi o quão grandioso era e é o que estamos fazendo, as mulheres se sentem à vontade para expor seus medos, o abandono e incompreensão, contar suas histórias e agregar de forma absoluta a Cia a elas. Porque a arte transforma, cura e salva.

 Você ministra palestras falando do tema, como as pessoas podem fazer para entrar em contato? Redes sociais, site? 

 R: Sim, ministro palestras. Falo abertamente sobre todos os desafios de ter uma doença rara, de cara aberta, sem vergonha e com certa leveza. Estou no Instagram como @adaniguedes e no WhatsApp (11) 99624-4474. Em fevereiro, dia 28 é o “Dia Mundial das Doenças Raras”.

Como você avalia esta data para portadores de doenças invisíveis e raras?

 R: Importantíssima. Mas ainda estamos no âmbito da fala, é preciso falar mais, informar mais, para que tenhamos mais ações que gerem mais diagnósticos precoces e cada vez mais inclusão.

  Qual a relevância da inclusão de pessoas com doenças raras na atualidade e como tem sido tratado este tema?

  R: Todas as pessoas devem ser incluídas, olhadas como indivíduo que são, suas particularidades, suas necessidades, e quanto mais falarmos, mais conhecimento levamos, mais vidas conseguimos salvar, mais medicações chegarão, e o desconhecido, aos poucos, vai se tornar algo que as pessoas entendem e respeitam.

Qual o impacto positivo da arte através do Teatro Raro na saúde emocional das pessoas com doença rara?

 R: Fortíssimo. Damos voz a quem acreditava não ter mais lugar de fala. Mostramos que a autoestima pode ser recuperada, que o abandono não é culpa de quem fica doente. Ninguém pode carregar culpa por ficar doente, e falar através da arte se torna mais fácil de atingir os objetivos. Acima de tudo, informamos com entretenimento.

Quais as suas considerações finais?

 R:  Espalhem amor, arte, empatia. Venham para o Teatro Raro, levem o Teatro Raro. Somos raros e podemos ser muito mais fortes juntos. Mulheres, se amem acima de qualquer coisa e como eu disse, a arte transforma, cura e salva! Viva a vida! 

Sobre:

   Dani Guedes é atriz formada pelo teatro escola macunaíma em artes cênicas, possui formação em comunicação social pela faculdade Editora Nacional, e é pós-graduada em formação de governantes na Escola de Governo da USP. É fundadora da Cia Teatro Raro que tem como objetivo a inclusão de pessoas com deficiência e pessoas com doenças invisíveis e tumores raros na arte (especialmente no teatro).

 

Foto: divulgação