Trata-se de algo lamentável para mim, ter que tocar novamente, em um assunto tão triste como é o caso do trágico assassinato da notável, vereadora do estado do Rio de Janeiro: Marielle Franco. No último dia, 19/03/18, discorri amplamente sobre assunto. Segue o link: http://jluciano442.blogspot.com.br/2018/03/a-banalizacao-do-crime-e-as_32.html. Não posso furtar-me de abraçar esta causa depois de tantos absurdos que surgiram nas mídias sociais, por meio do que se convencionou chamar de: "fake news". Os "fakes news", publicaram vídeos e mensagens em redes sociais, com as mais diversas especulações, denegrindo a dignidade da supra vereadora. Isto é inaceitável. Uma jovem vereadora de apenas 38 anos, que só contribuiu para que o Brasil se tornasse socialmente igualitário. Nenhum ser humano tem o direito de julgar a quem quer que seja. Só pessoas destituídas de humanidade e respeito prejulgam a vida de uma mulher que tanto lutou de maneira destemida e incansável em prol do povo mais sofrido, pela igualdade social, inserção do negro dentre outras causas fundamentais. No entanto, ser corajoso, combativo e honesto no Brasil não é algo bem aceito em meio ao atual contexto de demagogia, hipocrisia, falta de princípios e bom senso. Uma mulher difamada por alguns indivíduos desumanos no Brasil e ao mesmo tempo, aclamada e enaltecida pelo Parlamento Europeu e por várias instituições de renome pelo mundo afora. Sem falar que, a Anistia Internacional está exigindo uma investigação rigorosa sobre o caso. Algo emocionante e que só corrobora os trabalhos, a honradez e o brilhantismo de Marielle Franco: mulher de prestígio e uma competente articuladora, como se vê na foto acima, em atuação na Câmara de Vereadores do Rio de janeiro. Segue abaixo, vídeo no qual, "Marielle Franco", participa de um amplo e rico debate em defesa da igualdade racial dentre outras questões:
Em menos de uma semana do brutal assassinato da vereadora: “Marielle Franco”, várias são as especulações sem fundamento, feitas acerca da vida pessoal da supra parlamentar. A justiça ordenou a retirada de tais postagens. Não se julga o mérito das consistentes causas que a vereadora defendia e o dos projetos que a mesma apresentou, mas julga-se a vida pessoal. Realmente, existem coisas que me gera asco. Não consigo conceber a ideia deste assassinato, quanto mais a da especulação e do preconceito de pessoas do mais baixo nível, que se aproveitam da desgraça alheia para destilar veneno. A pequenez de pensamento, de argumento, a ausência de atitudes produtivas e de valores são tão presentes dentro da atual conjuntura, que por vezes, tento encontrar-me enquanto cidadão e brasileiro que sou. O patriotismo chega a sair de minhas veias quando me deparo com um país no qual além de mazelas sociais incomensuráveis temos ainda, que lidar com a pobreza de espírito de pessoas que ao invés de se colocar no lugar dos familiares e amigos da saudosa política, haja vista que, o que se abateu sobre a família da mesma poderia ter ocorrido com qualquer um de nós. Podre são todas essas atitudes e as repugno absolutamente. Não sou advogado e nem preciso advogar em defesa da vereadora, mas coloco-me no lugar dos outros. Trata-se de uma sordidez sem precedentes, difamar uma pessoa, quanto mais se esta nem viva está. O que me norteia não é ter seguidores, mas os meus valores. Marielle Franco era relatora da comissão que acompanha a intervenção militar no estado do Rio de Janeiro e isto projeta-nos a imaginar que houve um crime motivação política dentre outras hipóteses. Penso que, macular a imagem de alguém que foi assassinado é matar a mesma novamente. Se não bastasse, a morte física ainda tenta-se matar a memória de uma pessoa, como o fez de maneira infundada e leviana, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: Marília de Castro Neves Vieira. A magistrada teria dito que, a vereadora estava engajada com bandidos, que apoiava facções criminosas e que a mesma provou do remédio que receitava. Uma verdadeira covardia. Uma jurista que não representa o judiciário e muito menos o povo brasileiro. Que a justiça seja feita e que a referida magistrada seja punida de acordo com as leis. O Conselho Nacional de Justiça precisa entrar em ação. Absurdo. O que me norteia são os meus valores. Nada calará a voz de quem carrega no sangue o senso de justiça e o ideal de ver um Brasil justo para todos. Deplorável que no auge do cargo e de seus estudos, uma desembargadora se preste a este papel chulo, imparcial e desumano. Clamo que a sociedade se manifeste com relação a isto e a tudo que venha ferir os preceitos da lei e o tão importante princípio da dignidade humana estabelecido no artigo 1° inciso III da Constituição Federal. Que a justiça seja feita e que crimes como estes, independentemente de ser uma autoridade pública ou não se torne mais um número na estatística.
Escrevo há anos e sobre diversas vertentes sociais e dificilmente deparei-me com um caso provocasse em mim, a necessidade de fazer o desdobramento de um tema já discutido em outro artigo. Minha marca é esta, a de promover o amplo debate público de maneira destemida a fim de aclarar as mentes, fomentando a evolução das relações humanas e a igualdade social. Abraço honrosamente esta causa e faço de minhas palavras o slogan da saudosa: Marielle Franco, presente. Anderson Gomes, presente. Reflitam e tenham um excelente dia!
João Luciano Silva da Costa.