Foto: Andrea matarazzo
Andrea Matarazzo é professor, administrador, diplomata,
empresário, radialista, político foi embaixador do Brasil na
Itália, ministro e possui vasta experiência nas áreas pública e privada.
Para falar sobre a sua candidatura ao Senado na Itália entre outros assuntos, que eu entrevistei com exclusividade, Andrea
Matarazzo. No período em que chefiou a Embaixada do Brasil em Roma, Andrea Matarazzo,
promoveu intercâmbios empresariais, incentivando o comércio entre os dois
países e fortalecendo a inovação e competência técnica das instituições. Levou
o então presidente Fernando Henrique Cardoso duas vezes à Itália, onde assinou
acordos e tratados. Presidente da Matarazzo Holding e diretor da Fiesp,
Matarazzo tem mais de 30 anos de vida pública e atuou nos governos Federal,
Estadual e Municipal. Por tantos serviços prestados, recebeu honrarias como
Ordem do Rio Branco (Grau Grã Cruz), Gran Oficial Infante Dom Henrique (Governo
de Portugal) e Grande Ufficiale (Mérito da República Italiana). Ministro da
Comunicação no governo FHC, no estado de São Paulo foi secretário de Estado de
Energia, secretário de Cultura e presidente da Companhia Energética de São
Paulo (Cesp). No município, foi subprefeito da Sé; secretário Municipal
de Serviços, secretário das Subprefeituras e vereador.
Quando e o que o
motivou a querer disputar uma vaga no senado italiano?
R: Como cidadão italiano, participar do
mais antigo Senado da democracia é sempre um grande orgulho, principalmente
para um bisneto de imigrantes cujo bisavô foi senador vitalício, como foi o
caso do Andrea Matarazzo, que teve o título outorgado pelo rei Vittorio
Emanuele por serviços presados na primeira guerra. Mas a principal razão foi o
apelo de vários amigos e entidades da comunidade italiana, insistindo que era
importante a união dos candidatos a deputado e a senador do Brasil para mostrar
que a América do Sul tem capacidade de ter representantes no Congresso italiano
com qualificação à altura dos descendentes italianos sul-americanos, com
competência e experiência. Por isso sou candidato ao Senado junto com o
sociólogo Fabio Porta, candidato a deputado.
Quais os principais
projetos que o senhor tem para implementar se eleito senador na Itália no
tocante a nacionalidade, intercâmbio, vistos etc etc?
R: São várias. Seguem as principais:
* Serviços consulares
– Ajustar a legislação para que os consulados atendam de forma ágil e eficiente
a enorme demanda por cidadania italiana, renovação de passaportes e outros
temas de interesse dos cidadãos italianos no exterior. Criação de novos
consulados em Vitória (ES), Florianópolis (SC), Campinas, Santos e Ribeirão
Preto (SP);
* Voos – Ampliar o
número de voos entre Itália e América do Sul;
* Canais de comunicação
– Criar canais de informações para que os cidadãos italianos que moram no
exterior tenham mais informações a respeito de seu país de origem, como
oportunidades de estudos, cursos, empregos, benefícios a que têm direito, além
da divulgação constante da história e dos valores da Itália e de seu povo;
* Turismo – Levar
aos italianos fora da Itália a imensa variedade de eventos históricos e
culturais que existem em todas as regiões da Itália, para que as comunidades
conheçam melhor a suas origens, as do seu país e sua história. Mais: mostrar de
forma mais precisa e fácil o que existe nos países fora da Itália, incrementando
o turismo;
* Bolsas de estudo –
Grande programa de intercâmbio para que jovens italianos possam realizar um
período de estudo na América do Sul. Incentivar estágios e concursos junto a
empresas, gerando oportunidades de trabalho;
* Cursos - Facilitar
o reconhecimento de cursos brasileiros na Itália e vice-versa, de
forma que os jovens cidadãos italianos fora do país tenham seus currículos
reconhecidos para poderem exercer suas profissões aqui e lá, abrindo uma
enorme oportunidade de empregos e acesso a toda Europa;
* Pequenas e médias
empresas – Compatibilizar e simplificar a legislação de forma a permitir
com mais facilidade a parceria entre as médias, pequenas e microempresas
italianas e brasileiras, visando incrementar troca de
tecnologia, associações, investimentos e aproveitar benefícios dos dois
países;
* Incentivos fiscais
- Adequar lei de incentivos fiscais para possibilitar que as empresas
implantadas na Itália alcancem o benefício ao patrocinar projetos
culturais de interesse da Itália mesmo fora do país, como projetos de restauro
de edifícios históricos de autoria de italianos e construídos no exterior.
Quais os critérios
para se ocupar uma vaga no senado italiano?
R: Desde 2006, o Senado italiano conta
com representantes da comunidade italiana espalhados por todo o planeta. Aqui
na América do Sul não é diferente: todo cidadão italiano tem direito a votar em
qualquer pleito nacional da Itália. Neste ano, vamos eleger dois deputados e um
senador. O cidadão italiano recebe da embaixada/consulados, em seu endereço, um
envelope já selado contendo a cédula de votação, que deve ser enviada pelo
correio ou pessoalmente no consulado até o dia 22 de setembro. No caso você
deve fazer um X no PD (Partido Democrático) e escrever Matarazzo na cédula de senador
(verde) e Porta para deputado (céduls).
Como o senhor
analisa o atual cenário político do Brasil?
R: Tenho minha opinião, mas prefiro
deixar para tratar, nesta ocasião, apenas da eleição na Itália, que é o foco de
meus esforços no momento.
Como o senhor
classifica ou avalia o impacto do fenômeno das “fake news” no Brasil e no mundo
e, quais os caminhos para se combatê-las?
R: Infelizmente este é um fenômeno
mundial, que só traz prejuízo para a população. Na minha campanha também enfrento
fake news. Elas estão por toda parte. É lamentável. Muito já está se fazendo
para combatê-las. O TSE, por exemplo, tem adotado várias iniciativas nesse
sentido.
Quais são as páginas em que as pessoas podem
acompanhar os seus projetos e sua candidatura ao senado italiano?
R: Meus endereços são:
Site: https://matarazzosenatore.com
Facebook: https://www.facebook.com/AAndreaMatarazzo
Instagram: https://www.instagram.com/andreamatarazzo/
Quais as suas
considerações finais?
R: Sou ítalo-brasileiro, descendente de
uma família de italianos que chegou em São Paulo em 1881 e criou o maior parque
industrial da América Latina. Tenho paixão pela Itália e boa parte da minha
família mora lá. Além disso, tive a honra de ter sido embaixador do Brasil em
Roma. Tenho experiência tanto na vida pública quanto na vida privada. Com a trajetória
de mais de 30 anos de vida pública e tendo sido embaixador, ministro,
secretário estadual e municipal, vereador, me sinto qualificado para trabalhar
na aproximação da Itália com os italianos que estão fora da Europa,
especificamente os da América do Sul. Há muito o que fazer para aproximar essa
população, trazendo benefícios para a Itália e para esses italianos. E eu estou
preparado para essa missão.