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21 de abril de 2019

A Páscoa nos Dias Atuais


 Uma data que celebra, independente de religião, a ressurreição de Jesus Cristo. No entanto, a meu ver, esse evento tornou-se há muito tempo algo banalizado, e sem que haja o mínimo de reflexão sobre o que de fato o momento requer de nós. Cada pessoa vivendo em seus espaços, uns mais individualistas que os outros, sem generalizar e o mundo caminhando para uma direção de pleno egoísmo e  desamor sem precedentes. Ao falar sobre a Páscoa sintome-me feliz por um lado e ao mesmo tempo triste por outro lado quando tenho que fazer uma análise de como as coisas caminham nos dias atuais. Lamentável que tenhamos chegado em um ponto tão triste da história da humanidade, onde temos que escrever sobre a essência e o sentido de uma data quando está deveria estar na essência da vida de cada um. Segue abaixo, uma linda reflexão, feita pelo grande escritor e poeta Cearense: Braúlio Bessa:


     

   Sempre, ao abordar assuntos que, possuem uma vertente religiosa ou humanística, deparo-me com um mar de hipocrisia. Este contrassenso se dá na própria liturgia e ritualística das religiões. Há sermões e mais sermões. A rigor, os sermões são válidos, mas o que não se coaduna com o mesmo são as práticas. Há muito desencontro entre o que se é pregado e o que é praticado. Pessoas que se cumprimentam, compram presentes, dizem algo e professam de determinada fé e, no entanto, deixam a desejar quando tudo isso precisa ser exercido. A verdade dos fatos não pode se resumir a apenas a um mero juízo de valor, mas sim, a constatação precisa e imparcial de uma realidade que nem sempre é agradável. As questões precisam ser discutidas e trazidas à baila como são, a fim de que, nossa humanidade tenha minimamente, consciência sobre a importância das boas e coerentes práticas e da evolução que obtemos a partir delas. Somos um a extensão do outro e para que haja uma mudança em nosso mundo precisamos do nosso próximo, de atitudes que caminhem com o que é rezado dentro das cartilhas das religiões dentre as quais, o mandamento divino de amar ao próximo como a ti mesmo, e não vislumbrar esta verdadeira falácia, ou seja, mentira com a qual lidamos no dia a dia. Trata-se de um fato imprescindível tratar dessa matéria, falando sobre as inúmeras incoerências existentes. Uma data que era para nos remeter a reflexão sobre a ressurreição de Cristo após três dias da sua crucificação, mas faz com que nos percamos em meio a chocolates, presentes e tantas outras coisas o precioso e sagrado momento de contemplar o divino, já que, as guloseimas em nada tem a ver com a data, a não ser promover a venda nos comércios e de tudo que esteja correlacionado ao mesmo. Falar sobre estes aspectos é algo basilar e fundamental, pois desmistifica toda uma santidade que encontra-se atrás de uma imagem hipócrita que é, incutida e imposta por um sistema falho e corrompido. As pessoas, sem generalizar, precisam acordar para a realidade do que dizem e despertarem para a importância da praticar o bem e o amor ao próximo. Observar algumas coisas chega a ser nojento e causa-me grande ojeriza ao sequer tocar em alguns tópicos.

   Espero que, nossa Páscoa seja marcada por uma densa reflexão sobre o real sentido da data e sobre as atitudes que observamos no cotidiano. 



João Luciano.

6 comentários:

  1. Feliz Páscoa João!! Sou grata por poder lê-lo e poder pensar sobre suaa dissertações, sempre inteligentes e sensíveis.
    Abraço. PARABÉNS
    Patrícia Justino -

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    1. Feliz Páscoa prezada amiga, Patrícia Justino!! A gratidão é toda minha! Fico lisonjeado! Abraço.

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  2. Boa tarde amigo!venho parabénsa pela maravilhosa matéria.

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  3. Saludos amigo desde Honduras, gracias por la reflexion, un fuerte abrazo a la distancia.


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    1. Saludos estimable lector y amigo. Alan! Díos lo bendiga y un fuerte abrazo.

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