Imagem; divulgação
Por
Dr. Marcio Rogério Renzo
A
Campanha Novembro Azul é dedicada a divulgar informações sobre como prevenir e
os cuidados para o câncer de próstata, este que, segundo o INCA – Instituto
Nacional de Câncer – entre os anos de 2020 e 2022 vitimaram e vitimarão cerca
de 65.840 homens por ano. É o câncer que mais aflige aos homens, tirando o
câncer de pele. Além de representar um
valor significativo do total de casos, o índice de casos que levam ao óbito
chega a cerca de 16 mil casos por ano.
O
câncer de próstata é mais comum em homens acima dos 40 anos de idade, sendo que
as alterações patológicas desta glândula aparecem em torno dos 50 anos.
Algumas
ocupações estão mais suscetíveis a desenvolver o câncer, por isto, estejam
atentos. Profissões como: bombeiros, profissionais dos ramos de indústrias de
eletrônicos, pvc, agricultores, mineradores, indústria de semicondutores e
eletrodos, de borracha, atividades noturnas, entre outras.
Quais
os sinais de que algo não está bem?
Um
dos sinais de que há algo errado com a próstata é que com o crescimento e
espessamento dos tecidos da glândula, ao atingir um grande volume acaba por
comprimir a uretra e impedir a passagem da urina, tornando a micção dolorosa ou
difícil e em casos mais exacerbados causando o impedimento da passagem,
causando a retenção urinária.
Outros
sinais e sintomas são: a necessidade de urinar por mais vezes e a demora para
começar a urinar. Essas complicações ao urinar podem levar, nos casos mais
graves, a problemas na bexiga e rins. Outro sinal também é a dor óssea, em
casos graves, também.
A
boa notícia é que se tratada na fase inicial, há grande possibilidade de cura.
Porém quando não ocorre, as metástases podem se espalhar por todo o corpo, como
linfonodos, ossos e fígado.
Como
toda as doenças a melhor forma de combate é a prevenção. Como vimos a idade é
um dos principais fatores. Portanto, a partir dos 45 anos, é importantíssimo a
realização de exames periódicos para fazer o controle do PSA e o exame do
toque. Se é de conhecimento que há histórico familiar, principalmente antes dos
60 anos de idade, a atenção deve ser redobrada, pois aumenta a probabilidade de
3 a 10 vezes.
A
obesidade é outro fato que aumenta muito o risco. Portanto investir em hábitos
saudáveis, alimentação mais regrada e nutritiva, são formas de prevenção que
estão ao alcance de todos. Evitar também o uso de álcool e tabaco, também são
essenciais.
Como
é o tratamento?
As
formas de tratamento para os tipos de câncer vão desde a utilização de
medicamentos, terapia hormonal, passando por tratamentos radioterápicos, até a
técnicas cirúrgicas para a ressecção parcial ou total da glândula.
Como
a fisioterapia atual nestes casos?
Os
principais problemas apresentados pelos pacientes de câncer de próstata são: a incontinência
urinária e a disfunção erétil.
Na
incontinência urinária, o paciente passa a ter perda de urina ou por alterações
na bexiga, não consegue armazenar a urina e a qualquer pressão ou contração
involuntária deixa a urina escapar. A outra forma, é pelo déficit
esfincteriano, que quando a pressão no abdômen é aumentada há a perda de urina,
a chamada incontinência de esforço.
A disfunção
erétil surge pelo comprometimento nervoso no local, devido ao
tratamento. O retorno da ereção, sem o uso de medicação, pode variar de três
meses a até um ano. A variação depende muito da idade e do tipo de tratamento
utilizado. Desta forma, quanto mais jovem o paciente, mais rápida será a possibilidade
de recuperação da ereção.
A
atuação do fisioterapeuta será desenvolvida logo após ao tratamento médico. É
de suma importância que o profissional observe o mecanismo patológico, a
extensão do comprometimento e o tempo pós-operatório. É muito importante que o
paciente seja orientado sobre como será desenvolvido o tratamento da área
afetada, como funciona o sistema muscular do assoalho pélvico, sua posição.
O
tratamento fisioterápico deve ser iniciado o quanto antes, que iniciará
com técnicas de cinesioterapia, biofeedback e eletroterapia. Através da
cinesioterapia será trabalhado, de forma ativa, a musculatura do assoalho
pélvico, com o intuito aumentar a eficácia da ação do esfíncter externo da
uretra, que suportará o aumento da pressão intra-abdominal, evitando o escape
da urina.
O
Biofeedback também trabalhará a musculatura do assoalho pélvico, a fim de
fortalecê-la e treiná-la, aumentando a resistência e a coordenação, para a
regulação do controle urinário. Essa técnica, que utiliza um eletrodo intrarretal,
mostra ao fisioterapeuta a proporção da contração e do relaxamento muscular do
paciente, de forma individualizada, além de ser capaz de identificar fenômenos
fisiológicos ou fisiopatológicos relacionado às disfunções musculares.
Por
fim, não menos importante, a Eletroterapia agirá na estimulação muscular, porém
de forma passiva, da musculatura do assoalho pélvico, desta forma fortalecendo
e dando tônus muscular. A prática é feita através de eletrodos que podem ser
intrarretal ou transcutâneo.
Não
seja mais um a entrar nas estatísticas negativas do câncer de próstata.
Cuide-se! A prevenção é o melhor de todos os remédios.
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