Imagem: João Costa
Vi no desenvolvimento deste artigo um
desafio de fazer algo diferente, pois frases prontas é o que mais existe, e
por esta razão resolvi trazer a público um resumo da minha história de vida com
a minha saudosa mãe-avó paterna.
Brasilina Maria de Jesus Costa: lutadora, guerreira. Sinônimo de caráter,
amor, inteligência, sabedoria e elegância no portar-se dentro do contexto
social. Perdeu seu marido, meu avô quando eu tinha dois anos e seu filho único,
meu pai quando eu tinha seis anos. Criou, orientou e abaixo de Deus preparou-me
para que eu me tornasse um homem de bem. A base que recebi através da educação esmerada que tive foi elementar na
minha vida, embora o alicerce para que eu conseguisse aprender a superar as inúmeras
experiências dolorosas que tive tenham sido frutos do vivenciamento das mesmas
no dia a dia.
Infelizmente em razão dos vários problemas de saúde que minha
amada avó tinha em, 1998 a mesma foi acometida de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), o
qual a deixou com várias sequelas. Neste momento tomei a decisão que mudaria todo
o meu percurso de vida. Neto único. Órfão de pai. Mãe biológica de paradeiro
desconhecido. Assumi totalmente os cuidados com a saúde de minha avó, pois
éramos só eu e ela. Minha vida se resumia em cuidar dela, trabalhar, estudar e
assim foi até o ano de 2005 com o seu falecimento. Tive diversas sugestões na
época de colocá-la em um asilo como meio de continuar com o meu trabalho e a
minha vida acadêmica. Jamais sequer aceitei este pensamento quanto mais o de
colocá-lo em pratica. Sai
do trabalho e da faculdade para cuidar definitivamente da minha avó e não me
arrependo. Na época até tentei negociar
com a empresa para a qual eu trabalhava a conciliação de todas estas atividades, mas não fui atendido. Em
momento algum tenho ressentimento.
Enfrentei críticas não só da
diretoria da empresa, como de boa parte dos que me
conheciam. Muitos a época diziam para mim: “Rapaz você vai largar o seu
trabalho e faculdade para cuidar de sua avó? Pense ela tem pouco tempo de vida.
Sempre respondi e digo até hoje aos que me perguntam que ainda que eu soubesse
que o seu tempo fosse curto, nada teria abaixo de Deus independente de credo religioso, mais importância do que
dar a ela, o valor devido em
vida. Caros leitores como que eu podia deixar em um asilo a
pessoa que largou tudo para lutar em prol de que eu tivesse um futuro. Jamais
eu faria isso. Em, 29/05/2005
com o falecimento de minha mãe-avó continuei a minha vida e hoje quero tentar através
desta história agregar algo de construtivo a todos. Friso que o maior valor que
dei a minha avó, o fiz em vida e isso faz toda a diferença.
Destaco parte desta
história da minha vida para deixar um conselho aos filhos que não tratam suas mães com o valor que elas merecem: - Meditem sempre na dedicação que prestam as mesmas, pois ninguém é eterno. Tenho dentre esta história diversas outras que
embora tenham sido muito dolorosas fizeram de mim uma pessoa com propriedade para
falar sobre diversos assuntos e de alguma forma tentar ajudar as pessoas que
precisam, pois como sempre digo a vida é uma passagem e devemos fazer da
mesma, a melhor viagem que pudermos. A foto em tela revela o momento da comemoração do aniversário que fiz para a minha mãe-avó quando ela completou 80 anos.
Não poderia de modo algum deixar
de destacar com grande orgulho e gratidão a importância de uma sra. Chamada Nelsi Muniz
Santos, que acompanhou toda esta história de perto, e sempre esteve ao
lado de minha avó e de mim, dando forças necessárias para que conseguíssemos superarmos
um dos momentos mais difíceis de nossas vidas. A sra. Nelsi é para mim, mas que
uma amiga. Trata-se de uma mãe de consideração a quem tenho enorme carinho.
Pessoa admirável e de total dedicação a família. Houve diversos momentos que
tive o seu apoio moral e a prova de seu incondicional amor de mãe. Uma mulher
que verdadeiramente ao longo dos anos tem se superado apesar das dificuldades
da idade. Em resumo: - A palavra amor surge da boca de muitos, mas só pessoas
como as referidas acima provam a existência do mesmo, não nos deixando e
acompanhando-nos até o fim. Isto se
chama prova de amor. Meus sinceros e honrosos parabéns a todas as mães do
Brasil e do mundo. Reflitam e tenham
um ótimo dia!
João Costa