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18 de maio de 2020

As Favelas, o Abandono e a Solidariedade na Pandemia

  Em meio a todos os dilemas gerados pelo COVID - 19, comunidades padecem de modo agoniante.  As pessoas que vivem em favelas não foram e não estão sendo tratadas com a dignidade necessária e devida. Na foto acima, temos a favela de Paraisópolis, a maior comunidade do estado de São Paulo, com 100 mil habitantes, diante de um quadro de desigualdade social. Aliás, o quadro de desigualdade social é comum em todos os estados brasileiros. O povo que vive nas comunidades são os que mais sofrem dada a falta da presença do estado e das precariedades existentes neste contexto. Nada fácil, pois a necessidade de voluntários é fundamental para que as pessoas tenham o mínimo de dignidade como, por exemplo, alimentação e produtos básicos para que  estas se cuidem na medida do possível. De outro lado temos os profissionais de saúde que colocam a própria vida em risco, a despeito de uma possível e real possibilidade de contágio. A saga de guerreiros como o Gilson Rodrigues, que é o presidente da associação de moradores da favela de paraisópolis e dos profissionais de saúde é algo sem precedentes. São semanas que todos gostariam que não existissem. Dias de incertezas, angústias, fome, depressão, pânico e ao mesmo tempo de muita reflexão, pois são momentos de repensar a vida, caminhos e atitudes em relação a tudo. Foto: argosfoto.photoshelter.com. Assistam abaixo, por gentileza, a reportagem no "Conexão Repórter" do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), apresentado pelo o jornalista: Roberto Cabrini.


A sobrevivência e o Abandono

A sobrevivência em uma favela é algo sugeneris, pois as pessoas não possuem o básico do básico. Não dá para deixar de registrar a dor e a revolta para com a realidade destas pessoas tão simples e ao mesmo tempo, invisibilizadas pelo poder público. A bem da verdade, as pessoas que nada têm sofrem de modo estarrecedor. Espiritualmente, o que dizer, pois no campo metafísico tenhamos talvez uma explicação para que todos continuem sem parar. Uma coisa a ser observada é que estas pessoas são incríveis porque mesmo em meio a falta de tudo elas dividem com o seu próximo. Isto é um exemplo a ser pensado por todos. Sobreviver em meio a pandemia com o abandono do poder público é inaceitável, mas é a realidade dos sofridos moradores das favelas no Brasil. Algo triste e absurdo. A grande verdade é que para muitos a favela sequer existe, o povo das comunidades é relegado a segundo e até o quinto plano. Algo revoltante.  A marginalização por conta do preconceito é algo bem comum.  Como pode né? Comum. Pois é... esta é a realidade. Precisamos nos mobilizarmos contra isso. 

A importância da Solidariedade 

   A solidariedade é ou pelo menos deveria ser a célula mater de todo cidadão. A pandemia tem assolado o mundo, mas jamais ela pode assolar os nossos corações! Entender que ao fazer o bem ao nosso próximo estamos fazendo o bem a nós mesmo é o básico para começarmos a trilharmos uma estrada fecunda e a vislumbrar perspectivas de um mundo melhor. Digo isto, pois vejo muitas pessoas se digladiarem em nome de bandeira política, sem entender que estamos perdendo pessoas ao nosso lado, seres humanos como nós, que não estão aguentando a pressão psicológica, a fome, a falta de tudo, a falta de atenção, carinho, afeto e de generosidade. Nas redes sociais, o que mais vejo são as pessoas querendo terem alguma razão quando na verdade, ninguém possuí uma razão, uma finalidade, um projeto. Perde-se tempo brigando ao invés de disseminar o amor, paz e harmonia. Olha-se, mas não se enxerga, isto mesmo, muitos se olham, porém não enxergam a alma do seu próximo. Muitos riem e dão gargalhadas, mas por dentro o coração está em pedaços! Em meio a este momento de reinvento, convoco todos a fazerem um mergulho para dentro de si e a partir desta reflexão se autoavaliarem. Tudo poderia ser melhor se todos fossem solidários. #NÃO AO APEGO MATERIAL.

Desigualdade social 

   Desigualdade social é um câncer existente em nossa humanidade. Café da manhã, almoço e jantar todos os dias, pois é algo básico e essencial. Não pode estar na mesa só de alguns, mas na mesa de todos.  A desigualdade é compreendida na equação lógica de que  poucos possuem muito e a maioria não tem nada. Esta triste realidade é uma das razões que colaboram para a proliferação da pandemia. Uma realidade típica das pessoas que vivem nas periferias.

Finalizando

Diante dos fatos, cabe a todos nós, prosseguirmos com a chama da fé sempre acesa, pois a fé é uma das bases fundamentais para a sustentação de qualquer ser humano em meio a qualquer desafio. 




João Luciano



2 comentários:

  1. É, meu amigo, a difícil prevenção nestas comunidades, em tempos de pandemia, onde não há a presença do Estado, contribui com a disseminação da doença.
    A desigualdade social não é o problema, hoje, para os governos.
    A situação é triste e preocupante.
    Muito boa a matéria!
    Grande abraço.

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    Respostas
    1. Prezado, Fábio Kleine! Realmente é tudo muito triste, e o que vemos, é uma guerra política a despeito do sofrimento dos menos favorecidos. Conseguimos vê o quão vil alguns seres humanos podem ser mesmo diante de uma crise sanitária. Obrigado pela sua rica participação amigo. Grande abraço.

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