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1 de maio de 2020

Presidente Debocha e Chama a Pandemia de Gripezinha

Foto: riotimesonline.com

   O Presidente da República, chama a pandemia de gripezinha, ironiza os governadores e trata de maneira desrespeitosa, os profissionais da imprensa. O presidente: Jair Messias Bolsonaro, quando informado de que tínhamos tido 474 vítimas da pandemia COVID - 19, disse nesta última terça-feira, dia 28/04, o seguinte: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagres". Fonte: UOL. Confiram esta fala no link a seguir: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/28/sou-messias-mas-nao-faco-milagres-diz-bolsonaro-sobre-recorde-de-mortes.htm. Como classificar as atitudes insanas deste indivíduo? O que dizer para as famílias que perderam os seus familiares? LAMENTO ou de que é uma GRIPEZINHA?  Termos a serem refletidos por todas e todos. Lá trás, este presidente disse que a pandemia não passava de uma gripezinha e de que todos podiam ir para as ruas, voltar aos seus trabalhos. Ora, bolas! É revoltante. Como profissional da imprensa, utilizo-me da minha página, para externar o meu absoluto repúdio a este governo. Não tenho partido. Atuo na área de comunicação há anos e nunca vi tamanha leviandade e frieza com o próximo, como tenho visto. A despeito do que possam dizer, estou farto de assistir a maneira ilegítima com que este governo conduz as coisas. O que é preciso para que todos acordem para o entendimento de que este presidente, é uma aberração, e que precisa ser retirado do poder. Assistam abaixo, por gentileza, a reportagem do "Conexão Repórter" do (SBT) Sistema Brasileiro de Televisão, apresentado pelo, jornalista: Roberto Cabrini:


Dos fundamentos e a bíblia usada como tábua de salvação

    Líderes religiosos, do segmento protestante, ajudaram na eleição deste governo, sob o argumento de que este iria salvar a "família brasileira", como se este fosse um referencial de bondade etc. A grande verdade, é que não há um padrão de família, mas sim uma modalidade de exclusão das famílias. A bem do esclarecimento público, sabemos que há uma boa parte de evangélicos que apostam em Bolsonaro porque ele abraça a bandeira do radicalismo, ódio e da família politicamente correta. Na "família politicamente correta", não há espaço dentro outros para os nicho: (LGBT) sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, que consistem em diferentes tipos de orientações sexuais. As minorias sempre foram mortas e por serem demonizadas foram e são tratadas como se não existissem. Ao falar sobre as minorias poponho uma reflexão sobre a igualdade. Não temos o direito de julgar a opção sexual e as esolhas no geral, de quem quer que seja. Precisamos respeitar e amar o nosso próxixmo como este é. Quantos evangélicos que sequer vivem uma vida em comum, sequer ajudam o próximo e sequer abrem as portas do coração para outrem de modo eclético. Isto posto, agem e congregam ignorando na prática, a máxima deixada por Jesus Cristo de que: " “E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos 2.17". Não há uma defesa da família em tom de igualdade, mas a exclusão de uma parte da população que não professa da mesma fé. Talvez o "LAMENTO", seja para os que não defendem a tal família politicamente correta?  O governo precisa entender que não foi eleito para governar para um segmento religioso, para atender os interesses de AB ou e que a vida de TODOS, precisa ser tratada com respeito. Para tanto, que seja observado o princípio da isonomia, ou seja, o da igualdade de todos. Vejo evangélicos, sem generalizar, defenderem bandeiras e serem tão preconceituosos que fico a refletir, se existe algum amor ao próximo deste em relação a seu "irmão não evangélico". Conheço quase todos os segmentos religiosos, vi e vejo a solidariedade praticada por pessoas de religiões como kardecismo, seguidores do espírita, o saudoso, Chico Xavier, Candomblé Umbanda de modo admirável. Nestas contemplei a prática do amor ao próximo de modo incondicional. Isto, a meu ver, é a essência da prática do bem e não as falácias que observo por parte de alguns segmentos religiosos."SEM GENERALIZAR". Para quem diz apenas se tratar de uma gripezinha, segue baixo, as sepulturas.



Foto: Jornal GGN

Liberdade de Imprensa

   Estabelecida por meio da lei: 5.250 de fevereiro de 1967, a lei de liberdade de imprensa me permite levar a informação de modo independente e permito-me sair da primeira pessoa, por acreditar piamente, que um jornalista precisa ser imparcial. No entanto, este precisa também se posicionar de maneira sincera com base no que está ocorrendo, haja visto, que se trata de um ser pensante e que precisa manifestar suas convicções aos seus leitores.  Isto não é lembrado por muitos e ao tocar em alguns pontos chaves e polêmicos a maioria dos meus leitores perguntam-me se eu não temo por ser tão incisivo em relação a tantas questões. A meu ver, este é o papel do que cunho chamar: "Imprensa Verdade". A imprensa de verdade não busca ter razão, mas sim, em levar todos a refletirem sobre os fatos como o são, sem firulas e fantasias. Em toda a minha história nunca tive medo de defender a verdade como ela é.

Ditadura militar e o Poder da Imprensa

      Na ditadura militar muitos jornalistas foram tolhidos de exercer a atividade jornalística e até tiveram que sair do país, mas os tempos são outros e a imprensa precisa ser investigativa e combativa. Aos que temem dizer a verdade, fiquem à vontade, mas aqui, não irei parar de levar a informação com isenção e sem fake news aos quatro cantos deste mundo. O jornalismo que vejo e entendo precisa ser reformulado e ser feito com a mais absoluta isenção, salvo raríssimas, exceções. Um jornalismo que não leva meios para que os seus leitores possam pensar não é jornalismo, sobretudo nos tempos atuais. Sei que estamos longe de termos DemocraciaLiberdade de Imprensa e de Pensamento, porém um dia chegaremos lá. Falo deste contexto midiático sem perder a linha de raciocínio do que postulo, que é o reconhecimento aos profissionais dos serviços mais essenciais a todos, já que, trabalhar com a verdade é vislumbrar também a função destes profissionais.

Fundamentos 

     Um presidente não pode estar aliado a esta ou aquela religião. Um governante tem que estar aonde o povo está, seja este da mesma ou de outra religião, agir com diligência no cumprimento de seus deveres enquanto comandante-chefe de um país, pois trata-se de um princípio básico. Vejo muita truculência e falta de preocupação com o que está acontecendo. O momento é propício para uma profunda reflexão sobre atitudes, fé e de como esta FÉ é e está sendo usada por todos. Se esta fé está sendo usada para excluir ou para incluir, se no trato que tenho com o meu próximo o faço em tom de igualdade ou de arrogância. A soberba e o achar-se melhor vem muitas vezes disfarçado de uma frase: " Fulano não é da minha religião, ou este está sofrendo porque não é da minha religião - mais ainda - este está sofrendo porque não professa da mesma fé". Estes são alguns dentre muitos absurdos.

O presidente diz que suas falas estão fora do contexto

   Fora de contexto é dizer que uma pandemia desta é gripezinha, fora de contexto é mandar o povo para as ruas e depois dizer: E daí? Lamento. Fora de contexto é ser truculento e desrespeitoso com a imprensa, fora de contexto são os profissionais de saúde sendo infectados, a falta de (EPI) Equipamento de proteção individual, profissionais da saúde com salários atrasados, fora de contexto é ver a saúde pública agonizante e o povo morrendo, fora de contexto é o auxílio emergencial que não chegou para todos. Sobretudo, fora de contexto são as famílias tendo que enterrar os seus entes queridos sem poder sequer se despedir.

Finalizando 

   Exercer a atividade jornalística é um peso e um contrapeso, pois trata-se de uma profissão que se exercida literalmente, gera ao profissional da área, um tolhimento a liberdade de se manifestar.  Mas como já disse, os tempos são outros. 




João Luciano
                                      

4 comentários:

  1. Parabéns João Luciano, a informação sempre pontual. Você é fera cara.. Opiniões claras e objetivas, sempre.

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    1. Gratidão! Fico feliz com as palavras. Espero que encontre eco dentro do contexto socioeconômico.

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  2. João, concordo plenamente com o que você disse.
    Há quem diga que jornalista não pode expressar sua opinião.
    Eu digo que, o jornalista que não expõe suas ideias, é suscetível ao erro de acabar sendo cooptado por pessoas mal intencionadas e ajudando a espalhar as execráveis "fake news".
    Parabéns pela matéria!
    É uma honra tê-lo como colaborador do nosso jornal Em Destaque.

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    1. Prezado, Fábio Kleine! Grato pelas suas palavras, pois elas ratificam os princípios de uma verdadeira democracia. Muitos jornalistas foram tolhidos de exercer a imprensa, na ditadura militar, por como eu ir na contramão dos princípios. Um jornalista que se preza não se vende. #LIBERDADE DE IMPRENSA.

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