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O Presidente da República, chama a pandemia de gripezinha, ironiza os governadores e trata de maneira desrespeitosa, os profissionais da imprensa. O presidente: Jair Messias Bolsonaro, quando informado de que tínhamos tido 474 vítimas da pandemia COVID - 19, disse nesta última terça-feira, dia 28/04, o seguinte: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagres". Fonte: UOL. Confiram esta fala no link a seguir: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/28/sou-messias-mas-nao-faco-milagres-diz-bolsonaro-sobre-recorde-de-mortes.htm. Como classificar as atitudes insanas deste indivíduo? O que dizer para as famílias que perderam os seus familiares? LAMENTO ou de que é uma GRIPEZINHA? Termos a serem refletidos por todas e todos. Lá trás, este presidente disse que a pandemia não passava de uma gripezinha e de que todos podiam ir para as ruas, voltar aos seus trabalhos. Ora, bolas! É revoltante. Como profissional da imprensa, utilizo-me da minha página, para externar o meu absoluto repúdio a este governo. Não tenho partido. Atuo na área de comunicação há anos e nunca vi tamanha leviandade e frieza com o próximo, como tenho visto. A despeito do que possam dizer, estou farto de assistir a maneira ilegítima com que este governo conduz as coisas. O que é preciso para que todos acordem para o entendimento de que este presidente, é uma aberração, e que precisa ser retirado do poder. Assistam abaixo, por gentileza, a reportagem do "Conexão Repórter" do (SBT) Sistema Brasileiro de Televisão, apresentado pelo, jornalista: Roberto Cabrini:
Dos
fundamentos e a bíblia usada como tábua de salvação
Líderes religiosos, do segmento protestante, ajudaram na eleição deste governo,
sob o argumento de que este iria salvar a "família brasileira", como
se este fosse um referencial de bondade etc. A grande verdade, é que não há um
padrão de família, mas sim uma modalidade de exclusão das famílias. A bem do
esclarecimento público, sabemos que há uma boa parte de evangélicos que apostam
em Bolsonaro porque ele abraça a bandeira do radicalismo, ódio e da família
politicamente correta. Na "família politicamente correta", não há espaço dentro outros para os
nicho: (LGBT) sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, que consistem em diferentes tipos de orientações sexuais. As minorias sempre foram mortas e por serem demonizadas foram e são tratadas como se não existissem. Ao falar sobre as minorias poponho uma reflexão sobre a igualdade. Não temos o direito de julgar a opção sexual e as esolhas no geral, de quem quer que seja. Precisamos respeitar e amar o nosso próxixmo como este é. Quantos evangélicos que sequer vivem uma vida
em comum, sequer ajudam o próximo e sequer abrem as portas do coração para outrem
de modo eclético. Isto posto, agem e congregam ignorando na prática, a máxima
deixada por Jesus Cristo de que: " “E Jesus, tendo ouvido isto,
disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes;
eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos
2.17". Não há uma defesa da família em tom de igualdade, mas a
exclusão de uma parte da população que não professa da mesma fé. Talvez o "LAMENTO", seja para
os que não defendem a tal família politicamente correta? O governo
precisa entender que não foi eleito para governar para um segmento religioso,
para atender os interesses de A, B ou C e
que a vida de TODOS, precisa ser tratada com respeito. Para tanto, que seja observado
o princípio da isonomia, ou seja, o da igualdade de todos. Vejo evangélicos,
sem generalizar, defenderem bandeiras e serem tão preconceituosos que fico a
refletir, se existe algum amor ao próximo deste em relação a seu "irmão não evangélico".
Conheço quase todos os segmentos religiosos, vi e vejo a solidariedade
praticada por pessoas de religiões como kardecismo, seguidores
do espírita, o saudoso, Chico Xavier, Candomblé e Umbanda de
modo admirável. Nestas contemplei a prática do amor ao próximo de modo
incondicional. Isto, a meu ver, é a essência da prática do bem e não as
falácias que observo por parte de alguns segmentos religiosos."SEM GENERALIZAR". Para quem diz apenas se tratar de uma gripezinha, segue baixo, as sepulturas.
Liberdade de Imprensa
Estabelecida por meio da lei: 5.250 de fevereiro de 1967, a lei de liberdade de imprensa me permite levar a informação de modo independente e permito-me sair da primeira pessoa, por acreditar piamente, que um jornalista precisa ser imparcial. No entanto, este precisa também se posicionar de maneira sincera com base no que está ocorrendo, haja visto, que se trata de um ser pensante e que precisa manifestar suas convicções aos seus leitores. Isto não é lembrado por muitos e ao tocar em alguns pontos chaves e polêmicos a maioria dos meus leitores perguntam-me se eu não temo por ser tão incisivo em relação a tantas questões. A meu ver, este é o papel do que cunho chamar: "Imprensa Verdade". A imprensa de verdade não busca ter razão, mas sim, em levar todos a refletirem sobre os fatos como o são, sem firulas e fantasias. Em toda a minha história nunca tive medo de defender a verdade como ela é.
Ditadura militar e o Poder da Imprensa
Na ditadura militar muitos jornalistas foram tolhidos de exercer a atividade jornalística
e até tiveram que sair do país, mas os tempos são outros e a imprensa precisa
ser investigativa e combativa. Aos que temem dizer a verdade, fiquem à vontade, mas aqui, não irei
parar de levar a informação com isenção e sem fake news aos
quatro cantos deste mundo. O jornalismo que vejo e entendo precisa ser
reformulado e ser feito com a mais absoluta isenção, salvo raríssimas,
exceções. Um jornalismo
que não leva meios para que os seus leitores possam pensar não é jornalismo,
sobretudo nos tempos atuais. Sei que estamos longe de termos Democracia, Liberdade de
Imprensa e de Pensamento, porém um dia chegaremos lá. Falo
deste contexto midiático sem perder a linha de raciocínio do que postulo,
que é o reconhecimento aos profissionais dos serviços mais essenciais a todos,
já que, trabalhar com a verdade é vislumbrar também a função destes
profissionais.
Fundamentos
Um presidente não pode estar aliado a esta ou aquela religião. Um
governante tem que estar aonde o povo está, seja este da mesma ou de outra
religião, agir com diligência no cumprimento de seus deveres enquanto comandante-chefe
de um país, pois trata-se de um princípio básico. Vejo muita truculência e falta de
preocupação com o que está acontecendo. O momento é propício para uma profunda
reflexão sobre atitudes, fé e de como esta FÉ é e está
sendo usada por todos. Se esta fé está sendo usada para excluir ou para
incluir, se no trato que tenho com o meu próximo o faço em tom de igualdade ou
de arrogância. A soberba e o achar-se melhor vem muitas vezes disfarçado de uma
frase: " Fulano não é da minha religião, ou este está sofrendo
porque não é da minha religião - mais ainda - este está
sofrendo porque não professa da mesma fé". Estes são alguns dentre muitos
absurdos.
O
presidente diz que suas falas estão fora do contexto
Fora de contexto é dizer que uma pandemia desta é
gripezinha, fora de contexto é mandar o povo para as ruas e depois dizer: E
daí? Lamento. Fora de contexto é ser truculento e desrespeitoso com a imprensa,
fora de contexto são os profissionais de saúde sendo infectados, a falta de (EPI)
Equipamento de proteção individual, profissionais da saúde com salários atrasados, fora de contexto é
ver a saúde pública agonizante e o povo morrendo, fora de contexto é o auxílio
emergencial que não chegou para todos. Sobretudo, fora de contexto são as
famílias tendo que enterrar os seus entes queridos sem poder sequer se
despedir.
Finalizando
Exercer a atividade jornalística é um peso e um contrapeso, pois trata-se de
uma profissão que se exercida literalmente, gera ao profissional da área, um
tolhimento a liberdade de se manifestar. Mas como já disse, os tempos são
outros.
João Luciano
Parabéns João Luciano, a informação sempre pontual. Você é fera cara.. Opiniões claras e objetivas, sempre.
ResponderExcluirGratidão! Fico feliz com as palavras. Espero que encontre eco dentro do contexto socioeconômico.
ExcluirJoão, concordo plenamente com o que você disse.
ResponderExcluirHá quem diga que jornalista não pode expressar sua opinião.
Eu digo que, o jornalista que não expõe suas ideias, é suscetível ao erro de acabar sendo cooptado por pessoas mal intencionadas e ajudando a espalhar as execráveis "fake news".
Parabéns pela matéria!
É uma honra tê-lo como colaborador do nosso jornal Em Destaque.
Prezado, Fábio Kleine! Grato pelas suas palavras, pois elas ratificam os princípios de uma verdadeira democracia. Muitos jornalistas foram tolhidos de exercer a imprensa, na ditadura militar, por como eu ir na contramão dos princípios. Um jornalista que se preza não se vende. #LIBERDADE DE IMPRENSA.
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